ISABELLA
Não. Isso não pode ser verdade.
Meu peito aperta, e a dor da traição rasga minha alma como uma lâmina fria. Viktor. O homem que tomou meu coração, que me fez acreditar no impossível… Ele não pode estar aqui para matar minha mãe.
As armas estão apontadas para ele. O ar ao meu redor pesa, cada segundo parece uma eternidade. Eu deveria odiá-lo.Mas o pensamento de vê-lo morto é insuportável.
Sem pensar, corro para frente dele, protegendo-o com meu próprio corpo.
— Não, por favor, não! — Minha voz é um grito de desespero, sufocada pelas lágrimas que escorrem sem controle.
Viktor me encara, seus olhos castanhos queimando com algo entre angústia e amor.
— Isabella, não se ponha em perigo, meu amor! — Sua voz treme, tomada de agonia.
Mas agora eu vejo.
Tudo foi uma mentira. Cada toque. Cada beijo. Cada promessa.
Mentira.
Meu coração se parte de um jeito irreversível. O amor se converte em ódio puro. Eu me viro para ele, o sangue latejando em minhas veias.
— Não me chama assim! — meu