Samuca. Até agora era a pessoa que menos havia me magoado e eu não fizera o mínimo esforço de explicar o que estava acontecendo comigo.
Naquele momento, ficar de frente para a entrada do escritório dele me fez suspirar ruidosamente antes de tomar uma atitude. Mas eu precisava fazer isso. Samuel precisava, pelo menos, de uma satisfação.
— Laura... — disse com a voz fraca.
Laura ergueu a cabeça e me fitou com os olhos nervosos e maiores.
— Nina... — ela tremeu na hora de falar.
— Samuel ainda está por aqui? — indaguei. — Gostaria muito de conversar com ele.
Laura abandonou o bloquinho de anotações e começou a levar a mão em direção ao ramal que ficava na mesa ao lado.
— Senhorita Nina, talvez não seja uma boa hora, mas eu vou ligar para confirmar. Tudo bem? — Indagou.
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