Nathalie espreguiçara enquanto o som de toc toc lhe despertava.
Abrira os olhos devagar, a luz da manhã entrava pela janela e ela sentia pelo frescor do ar um dia úmido e nublado. Um dia perfeito para um passeio – pensara – caso se inspirasse a sair de casa antes de anoitecer. O som de toc toc voltara com novas batidas na porta, que horas ainda eram afinal de contas? Impaciente para conversas matinais, a menina perguntara quem era. A voz que respondera era masculina e rouca, uma voz que conhecia bem havia anos.
—Aquele garoto, Adrian, está à porta. Veio lhe ver – dissera ele.
—Jeremy, sabe que não posso me levantar agora. Diga que estou dormindo. Faça com que vá embora e diga que ligarei mais tarde. Ainda são sete horas… – resmungara olhando para os números verdes do relógio no criado mudo.
—Eu sei sobre seus horários, senho