Capítulo 2

— Tudo bem, mãe.

Respondeu ela, finalizando a conversa.

Assim acontecia todas as vezes. Dona França a ajudava a fugir para que ela fosse encontrar com o seu grande amor. Mas o que ela não sabia é que esse amor a traria muitos sofrimentos e decepções.

— Loura, vem cá – disse dona França. – Eu sempre te ajudei a fugir para encontrar com esse rapaz e você nunca me falou dele. Agora eu quero saber quem é ele e de onde ele é.

— Mãe, depois eu te conto.

— Ou você me conta agora ou não conta mais comigo para te ajudar.

— Tudo bem, eu conto. Ele é filho do senhor José Augusto e dona Maria.

— Meu Deus! O filho do seu Augusto fazendeiro?

— Isso, mãe.

— Meu Deus, minha filha. Cai fora desse homem, ele tem fama de que não presta. Ele já abusou de várias mocinhas inocentes daqui das redondezas. Se seu pai o descobre, ele te mata. Ele jamais vai permitir esse namoro. Esse homem não ama ninguém, é um egoísta que só pensa em nele mesmo.

— Se a senhora não me ajudar, eu vou fugir com ele. Eu gosto dele, mãe. Não quero ter um casamento como o da senhora, casar sem amor só porque seus pais quiseram. Nós vivemos essa vida de migalhas por causa do meu pai. Ele acabou com as coisas que meu avô deixou pra nós, vive chegando de madrugada bêbado e cheirando a perfume de mulher. E a senhora não fala nada, aguenta tudo calada. Eu não quero uma vida dessas para mim.

— Você não pode falar assim do seu pai – disse dona França. – Seu pai pode ter muitos defeitos, mas é um homem bom e 

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