Lara segue o conselho do irmão e tomando coragem ela preocura o pai. Rafael a princípio estranha a ligação da filha, já que ela nunca ligava para ele e sim para a mãe.
— Oi papai! — Lara diz assim que escuta a voz do pai.
— Oi minha filha, como você está? — Rafaele pergunta com voz mansa, cansado de ser tão rígido com os filhos, por acreditar ser o melhor para eles.
— Eu preciso conversar com o senhor — Lara pede com voz temerosa, por não estar se sentindo tão confiante.
— Pode falar.
— Queria que fosse pessoalmente, mas não sei se o senhor permitiria que eu fosse até aí...
— Por que não? Aqui também é a sua casa, Lara. Além disso, não há nem mesmo a necessidade de você morar com o seu irmão.
— Mas o senhor não permitiria que eu morasse aí, pois me obrigaria a voltar para Luiz e eu não quero voltar para ele.
— Eu acho que o seu pai está ficando velho, já nem sei o que eu quero ou o que eu não quero.
— Quer dizer que eu posso mesmo ir aí? — Lara pergunta receosa.