Betina
Quando voltei para casa e percebi que Cristian já tinha partido, senti meu chão se abrir. Porque eu estava tão decepcionada? Que sentimento era aquele? Minha boca ficou amarga e eu tentei não chorar. Me virei para Pamela, que me esperava no carro e balancei a cabeça.
— Ele se foi... — Minha voz saiu num fio.
— Não é o fim do mundo. Semana que vem você volta para São Paulo, não é? Lá vocês podem conversar novamente.
— Talvez.
Um carro passou por nós e parou. Eu vi Rick descer dele e vir em minha direção.
— Cadê o cara? — Ele perguntou.
— Foi embora. — Respondi.
Pamela saiu do carro e passou o braço em meus ombros.
— É sua culpa, Rick! Que ideia foi essa de prender o rapaz? Você não é assim!
— Você vai me desculpar, mas a circunstância não foi propícia. Eu entro na casa e vejo um homem desconhecido, sem camisa e que agiu de maneira muito suspeita...
— Ah vá, ele não tem cara de bandido. O carro dele estava estacionado aqui perto. Você fez isso na maldade! — Pamela insistiu.
— Gen