Logo que se aproximou, escutou a gargalhada do pai e em seguida, a voz do Edgar.
— Olha ela aí — disse a sua mãe, levantando-se e indo ao seu encontro. — Estávamos apenas esperando você para servir o almoço.
— Bom dia, Barbara — cumprimentou Edgar.
— Bom dia a todos — disse ela sem dirigir o olhar a ele, que se sentiu ofendido.
Edgar levantou-se e foi até ela com uma taça de champanhe na mão, oferecendo-a com um gesto.
— Não, obrigada.
— Ouvi dizer que mais álcool ajuda a curar a ressaca.
Ela olhou-o, finalmente.
— E quem disse que estou de ressaca? — Forçou um sorriso.
— Como foi a festa na favela? Se divertiu com o neguinho? — O seu tom era de pura provocação.
Barbara fechou o semblante para ele e cruzou os braços à frente, o encarando com firmeza.
— Você não tem o direito de falar assim dele, ou de qualquer outra pessoa de pele preta!
Ele riu com deboche, antes de dar um gole no champanhe.
— Imagina se o seu pai soubesse por onde andou na noite passada. Sabe, eu não gostei de ter s