Acompanhe o crescimento de Lidia, conheça os amores e desventuras dessa jovem ao mudar-se para Ilha Sul. Um romance de época em que nada é o que parece, exótico e belo, cheio de alegrias e dores. Essa é a primeira parte do romance de aventura que narra com simplicidade e força a vida de homens e mulheres que ousaram desbravar novas terras. Bem-vindo a Ilha Sul.
Leer másPassaram-se vinte dias desde que Lidia vira Arthur pela última vez, a expressão distante do rapaz e todo o constrangimento que os cercou naquele último encontro não a abandonou durante certo tempo, ainda assim, decidira que existiam coisas mais importantes para priorizar. Muito para sobreviver aquele sentimento de vazio, muito mais porque fazia parte de seu modo de ser, nunca ser a vítima, quando tantas vítimas existiam no mundo.Nestes poucos dias em Ilha Sul, vira o que era satisfação e real sofrimento, com a diferença que a satisfação sentira na pele enquanto o sofrimento estivera apenas diante de seus olhos, sentiu-o por empatia, mas não realmente em sua alma. Tudo isso fazia-a pensar, que um engano romântico não era nada, perto de toda dor que estava tão perto dela, e da qual sempre estivera protegida.Foi com essas ponderações, após muito se perguntar, não encontrando o motivo para a rejeição de Arthur, que Lidia decidira que havia muito no mundo para
Observava tudo, compreendia tudo, guardando para si o que julgava impróprio ao mundo e mais ainda sabia seu lugar em tal mundo. Assim fora educada e assim julgou que seria durante muito tempo. Lembrava-se de quando era menina, todas as coisas que fora proibida de fazer por não convirem a uma dama de sua fortuna.Amargava no fundo da garganta as brincadeiras que perdera por não poder se juntar as outras crianças, por ter que seguir as regras, regras que ela não tinha criado para uma vida que ela não escolhera.Na terça-feira quando ouviu o barulho dos cavalos no lado externo de sua casa, correu a janela, ouviu o riso do marido e pensou que desfaleceria ao ver com quem Karl confraternizava tao animadamente, a irmã do governador e Matilda.Paula Hardy, sentiu vontade de correr até a porta e falar umas verdades para aquelas garotas tao inapropriadas e rebeldes. Explicar-lhes que haviam condutas a serem seguidas e que tais coisas existiam, para que
Naquela tarde, assim que Lidia ouviu a carruagem da senhora Elliot-Crowford se aproximar, desceu correndo as escadarias da mansão e aguardou na porta, como fizera anteriormente com Matilda e Peter.A mulher desceu sorridente, aceitando a mão que Lidia estendia, esta ansiosa demais não se conteve.– Então?Diana riu da garota, pegando em seu braço disse-lhe.– Ajude esta velha a sair do sol e ofereça um refresco, então falaremos…Lidia quase arrastou a senhora Elliot-Crowford para dentro da casa, gritando por Selene e um refresco. Diana sentou-se em uma das grandes poltronas da sala de estar, Lidia a seus pés encarava-a como se dela dependesse o ar em seus pulmões.– Confortável senhora? – Disse Lidia, que notara o sorriso incontido de sua amiga. Apesar do mistério feito pela senhora, Lidia pressentiu boas notícias.Selene chegou com os refrescos e logo Katherinne se juntou a elas. Ouviram a história de Diana at
Lidia e Selene chegaram a casa de Matilde próximo ao horário do almoço, a porta estava aberta e na casa não se ouvia um único ruido. Caminhando até a sala, Lidia deu de cara com a amiga em frente a escada que levava aos quartos.– Lidia! - Matilda suspirou aliviada ao ver a amiga, abraçando-a carinhosamente, perguntou.– Como está? - Matilda tentou sorrir, esta dando de ombros, respondeu-lhe com outra pergunta e um sorriso amargurado.– Como Cinthia está?Matilda nada disse, com sobrancelhas franzidas, fez sinal para que Lidia a seguisse escada a cima. A dona da casa abriu a porta do quarto de hóspedess suavemente, Lidia escutou quando ela disse que a amiga tinha vindo ver Cinthia, ouviu passos, era Nadia.Assim que Nadia viu Lidia, correu para abraçá-la, mas a visitante apenas pode dizer em voz sufocada.– Sinto muito…Nadia pegou a mão de Lidia e fazendo-a entrar no cômodo, em um sussurro disse-lhe.– Ela es
As jovens sentaram-se cada uma de um lado de Victor, sorrindo para as duas, o médico as saudou. Lidia ouviu o motivo de Travis chamar Peter, já era hora de começar os ritos do povo e Travis achou por bem, que Peter e alguns homens observassem as organizações.Aquele ano, o festival recebera muitas pessoas de fora, aliado ao fato dos tripulantes do Tifão não estarem muito felizes por sua retenção, Travis temia que alguma confusão pudesse surgir em meio a multidão.Victor observou Lidia, seu perfume doce e o contraste das flores contra seu cabelo, não pode evitar reparar no desenho que o vestido ajustado fazia em seu decote e cintura. Victor mexeu-se desconfortável na cadeira, censurando-se por ter pesamentos de tal espécie, mas a garota sentara-se ao seu lado e foi como se seu sangue fervesse lentamente.Ignorando os sentimentos que despertava, Lidia observou entusiasmada o verdadeiro Festival de Verão ter início. Rapidamente um espaço foi abert
Alguns dias antes do Festival de Verão, dois encontros intrigantes aconteceram na vida de Lidia, deixando-a ainda mais ansiosa para a tão prometida festa.O primeiro, se deu ao entardecer de uma sexta-feira, Lidia e Diana caminhavam pela rua principal da cidade, observando a movimentação da população organizando-se para o festival que viria em alguns dias. No exato momento em que passavam pela igreja, padre Maugham abriu a porta do local, sorridente Lidia o cumprimentou.– Padre Maugham! Como vai o senhor? - Assim que viu as duas mulheres o pároco fez menção em voltar para dentro da igreja, mas devido ao cumprimento da irmã do governador, não teve escapatória.– Senhorita Lidia – O reverendo fez um meneio de cabeça cortês – Senhora Elliot-Crowford… Como estão?Foi Lidia quem respondeu, era sabido por todos o total despreza que Diana nutria por clérigos e instituições normativas, como a Igreja.– Estamos bem, obrigada. Ansiosas para o ev
Último capítulo