438. AS DÚVIDAS DE GERÔNIMO

Meu telefone toca no quarto. Eu o pego meio sonolento ainda. Olho pela janela e percebo que é de dia. Atendo sem olhar quem está ligando, geralmente é meu irmão ou meu pai.  

—Sou eu, Gerônimo. Sua verdadeira esposa —escuto uma voz feminina.  

—Que brincadeira é essa? —pergunto, olhando o número que está chamando e que não reconheço.  

—Não é uma brincadeira —ela continua—. A mulher que está ao seu lado não é a verdadeira Cristal, sou eu. Ela trocou de lugar comigo.  

—Não sei que jogo macabro você tem em mente. Mas não vai dar certo, me escuta? Não vai dar certo! —grito, furioso.  

—Abra os olhos, aquela não sou eu! Você se lembra de quando nos conhecemos? —consegue perguntar.  

Desconecto irritado e olho o nú
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