Chego no galpão e vejo o espetáculo. O velho Leopoldo está acorrentado entre duas barras de ferro. Eu não gosto de torturar enquanto estão sentados, não tem graça, e outra: por que eu daria tanto conforto a um traidor?
Ele se encontra enfiado até a cintura em um barril de gelo, o que o faz tremer descontroladamente. Tenho certeza de que foi Otávio quem deu a ordem; ele adora dar choque térmico nos prisioneiros.
– O carro?
– Nos fundos, Senhor.
Caminho até a área externa no galpão. De longe, vejo o carro de Yago.
– Alguém abriu o veículo?
– Não, Senhor. Seguimos conforme às ordens.
Caminho o mais rápido que posso e abro a porta do motorista. O corpo de Yago cai ao chão. Há muito sangue em sua camisa, um tiro em sua testa e seus olhos estão abertos. Sorrio para a cena.
Lembro-me bem que, no dia do casamento de Alexander, Helena me disse que ela seria a mulher que meteria uma bala na cabeça de Alexander e também na minha. Realmente, minha cunhada sabe dar um belo tiro na cabeça. Tenho qu