— Eu simplesmente não acredito que ele se acha no direito de decidir o meu futuro, e pior, o futuro dos nossos filhos.
Parei de tirar a camisa ao ouvir as palavras "nossos filhos". Ela falou com tanta naturalidade, e mesmo que, neste momento, estivesse com raiva, não pude evitar sorrir ao olhar para ela, que continuava a arrancar a sandália e reclamava de Francesco.
— Ele acha mesmo que vou carregar uma criança por nove meses, sofrer ao dar à luz e entregá-la de bandeja à máfia? Escute aqui, Otávio... — ela se levanta enfurecida, mas para de falar ao me ver com os braços cruzados, sorrindo em sua direção. — Por que você está rindo? Eu estou falando sério!
Me aproximo dela, a abraço e beijo seus cabelos, inalando o doce cheiro deles.
— Ninguém irá decidir o futuro dos nossos filhos.
Ela me olha com esperança nos olhos. — Confio em você.
De novo, as palavras que tanto queria ouvir. Confiança. Era exatamente o que eu precisava agora.
— Não irei decepcioná-la. — Beijo seus lábios.
— Quand