Capítulo 119 “Ele sabia... e eu confiei nele.”Naia saiu do banheiro cambaleando, como se o corpo fosse só um eco da alma. O cabelo pingava, os olhos vermelhos ardiam. Ela se vestiu sem pensar, sem lembrar que roupa pegou, e desceu as escadas com os pés ainda molhados, o coração esfarelado.Ela não sabia como chegou até a sala. Só sabia que estava lá. Sentada. Vazia.Isabelle, ao vê-la, se levantou imediatamente.— Filha... meu Deus. — correu até ela, ajoelhando-se à sua frente. — O que aconteceu? O que foi, filha?Naia abriu a boca, mas a voz não saiu de imediato. Só depois de alguns segundos e um choro novo se formando na garganta, ela conseguiu falar:— Eu descobri, mãe.— Descobriu o quê?— Tudo estava na minha cara o tempo inteiro... e eu não enxerguei.Ela passou a mão no rosto, os olhos fixos em um ponto perdido no chão.— O Cassian conversou comigo. Antes de morrer. Ele me falou sobre a inseminação. Ele... ele suspeitava que tinham usado o embrião dele. Que eu tinha sido inse
Capítulo 120 “Algumas verdades só se revelam quando o coração já não tem mais força para mentir.”A campainha soou com um toque discreto, abafado pelo vento da tarde. Naia manteve a respiração presa enquanto esperava. O coração, no entanto, parecia não ter recebido o comando — batia forte, desordenado, quase como se já soubesse o que viria.A porta se abriu. Um homem de meia-idade, com expressão neutra, fez um leve gesto de cabeça.— Senhorita… entre, por favor.Ela avançou devagar. Cada passo pesava mais do que o anterior. O saguão da casa era amplo, de janelas altas e silêncio sufocante. Logo, passos se aproximaram.— Oi, Naia. — disse Diego, parando a poucos metros dela.Ela se virou com surpresa e o abraçou, quase instintivamente.— Di... Meu Deus. Quantos anos.— Verdade. — ele sorriu com carinho, mas os olhos carregavam tensão.Ela se afastou um pouco, o encarando.— É você? Você está falando comigo no celular?Diego baixou os olhos. O silêncio respondeu antes dele.— Não... —
Capítulo 121 “Fazer amor... como quem encontra o caminho de volta dentro do outro.”A casa estava mergulhada em um silêncio antigo, daqueles que guardam histórias nas paredes. No quarto, o mundo inteiro parecia caber naquele colchão. Cassian olhava para Naia como se tivesse medo de piscar e ela desaparecer. Ela, ainda com os olhos marejados, só conseguia pensar em quantas noites dormiu sozinha imaginando aquele toque. E agora ele estava ali.— Você quer... — ele começou, mas a voz falhou.Naia apenas se aproximou, sem responder. Passou os dedos pelo rosto dele com a reverência de quem encontra um milagre. Ele fechou os olhos, sentindo. O toque dela ainda tinha cheiro de saudade, e gosto de tudo o que ele não esqueceu.Ela subiu devagar sobre o colo dele. O corpo ainda trêmulo, mas agora por outro motivo. As mãos dele escorregaram pelas coxas nuas dela, que já vestia apenas um vestido. Ele subiu o tecido, tirou e encostou os lábios na barriga dela, sentindo o cheiro da pele úmida, que
Capítulo 122 “Quando a pele reconhece a alma, o corpo se transforma em altar.”A respiração de Naia ainda estava descompassada. As pernas trêmulas, o ventre latejando. Mas Cassian não parava. Ele não queria que ela apenas sentisse prazer — ele queria que ela se lembrasse de como era ser adorada.Ele ainda estava dentro dela. Duro, quente, pulsando. Mas era a boca dele agora que descia pelo corpo dela como um segundo coração. Ele beijava o ventre que um dia abrigou o filho deles, a cintura que ele tantas vezes segurou com desejo e raiva e amor. Depois, os seios, um de cada vez, sugando com calma, com reverência.Naia arfava, as mãos nos cabelos dele.— Cass... você vai me matar... — ela sussurrou, mordendo o lábio.— Não, amor. Eu só vou te lembrar de como é ser viva.Ela estremeceu. E quando ele desceu novamente entre as pernas dela, as coxas se abriram sem que ela sequer percebesse. O corpo dela reagia a ele como se nunca tivesse aprendido a se proteger. Ele era o perigo e o porto.
Capítulo 123 “Algumas saudades só se saciam embaixo d’água. Gritando com o corpo.”Cassian ainda estava dentro dela quando encostou a testa na dela, tentando recuperar o fôlego. O coração batia tão forte que parecia que o mundo podia ouvir.Naia acariciava o rosto dele, ainda sem saber se chorava de prazer ou de alívio. Mas foi a voz dele, rouca, baixa, que quebrou o silêncio.— Preciso de você, amor.Ela o olhou, surpresa.— Ainda?Ele sorriu de lado, mordendo os próprios lábios.— Você sabe... a primeira me dá fome.Ela riu, aquele riso leve e provocador que ele amava.— Amo seu apetite, Cassian. Vem. Me cansa.Ele a beijou com desejo renovado, e então a pegou no colo de novo, como se ela não pesasse nada. O corpo dele, mesmo saciado, ainda pulsava por ela.Naia enlaçou os braços ao redor do pescoço dele, enquanto ele a levava para o banheiro. O som da água quente preenchendo o box foi quase tão excitante quanto os gemidos abafados entre beijos.Cassian a colocou de pé com cuidado.
Capítulo 124 “O que você não sabia... já estava dentro de você.”Cassian vestiu um roupão branco em Naia com delicadeza, como quem reveste uma preciosidade. Ela sorriu sem força, os olhos ainda úmidos. Ele, então, enrolou uma toalha na própria cintura e pegou outra, secando os cabelos dela com movimentos lentos e carinhosos.— Sabe, Naia… tem algumas coisas que eu acredito que você já está pronta pra saber.Ela se virou de leve, abraçando-o pela cintura, colando o rosto no peito nu dele.— Eu quero saber sim. E tem algumas perguntas que… acredito que ficaram sem resposta.— Quer comer alguma coisa?— Não. Mas… aceito um vinho.— Fique aqui. Eu já volto.Cassian saiu do quarto e, em poucos minutos, retornou com uma bandeja. Duas taças, uma garrafa de vinho tinto encorpado e algumas frutas. Sentou-se ao lado dela na cama, ainda de roupão. Sem encará-la de imediato, serviu o vinho com mãos cuidadosas, como se buscasse, no ritual, a coragem para o que precisava dizer.— Um brinde? — este
Capítulo 125 Quando o tesão vira prazer bruto, a fome não tem fim, só com exaustão."Naia ao verno olhar dele, o sorriso torto, mordeu o lábio, deixando o lencol cair pelas costas nuas, quando sentiu o colchão afundar ao lado. Cassian não falou. Só olhou. A respiração dele estava pesada, os olhos escuros. E o pau dele... duro de novo.— Cansado, amor? — ela provocou.— Cansado é o caralho. Você acha que vai me olhar com essa bunda empinada e eu vou fingir que sou homem de oração?Ela riu. Mas o riso morreu quando ele puxou o lençol de cima dela com um único movimento.— De quatro.— Cass...— De. Quatro. Agora.Naia obedeceu. Sentiu os joelhos tocarem o colchão, as mãos se apoiando no travesseiro. E então veio o tapa. Seco. Estalado. Direto na bunda.— Ah! — ela gemeu, mordendo o lábio.— É isso que você gosta, não é? — ele sussurrou, ajoelhado atrás dela, passando a mão firme pelas nádegas. — Ficar bem aberta pra mim. Toda molhada. Como se eu fosse o único filho da puta que te ente
Capítulo 126 "Não é só um filho. É a promessa de que o amor sobrevive."Cassian saiu de dentro dela devagar, sentindo cada centímetro de prazer se despedindo entre os corpos ainda colados. O olhar nos olhos dela, cheio de ternura e exaustão.— Vou deixar você descansar, minha esposa.Naia sorriu, com os olhos semiabertos, a boca trêmula de cansaço.— Isso quer dizer que você só se satisfaz na terceira?— Você entendeu — ele riu, inclinando-se para beijar a testa dela com carinho bruto.Ele ia se levantar, mas a voz dela o segurou.— Não.Ele se virou de volta, arqueando uma sobrancelha, ainda sorrindo.— Quer um banho?— Quero seus braços. Fica aqui mais um pouco.Ele se deitou ao lado dela, os corpos ainda suados, o quarto cheirando a sexo, amor e saudade. Naia se encolheu no peito dele, os dedos tocando suavemente a pele quente.— Isso é bom... Senti falta disso também.Cassian fechou os olhos, com um sorriso contido.— Hum... Isso quer dizer que... sentiu falta do sexo, de se acon