47. TORRESMO
— Até que horas eu posso desfrutar da sua companhia?
— Uau, que linguagem de um cavalheiro. – Eu dei uma boa risada, era surreal estar ali com Apolo, em um barzinho em frente à faculdade. Estava feliz com isso. — Eu tenho aula só mais tarde, não se preocupe. Vamos sentar aqui?
— Está ótimo pra mim. Vem aqui sempre?
— Na verdade, nunca vim. Morro de inveja da turma que vem.
— Achei que era baladeira?
E ele deu um sorriso tímido, daqueles que desvia o olhar e abaixa a cabeça. O que deixa ele mais charmoso, se é que é possível. Aqueles dentes perfeitos contornados por lábios desenhados por …
— E aí, é baladeira?
— Não, não. Sou muito na minha. Na verdade, minha turma é a Lili, minha melhor amiga e aqui na faculdade, a Sara, que me deu o cano hoje.
— Bendita Sara. Graças a ela posso ter você pra mim um pouquinho.
Dessa vez ele não desviou o olhar, muito pelo contrário, me olhou profundamente, quase que dentro da minha alma.
— Uau, vamos pedir algo? – Precisava beber alguma coisa.