42. CADEIRANTE(Karla)
— Karla, é você, minha filha?

Minha mãe todas as noites que chegava tarde, estava me esperando. Mesmo que tivesse que acordar dali a poucas horas.

— Mãe, vai dormir.

— Onde você estava, querida?

— No lugar onde você deveria estar. Bailando sob a luz da lua – então peguei o corpo magro e cansado de uma mulher que já foi muito bela e comecei a arrastar pela casa. — Taran, taran, taran!!!

— Me solta, sua doida. Não tenho mais idade pra isso. Só essa dancinha, já tenho que me entupir de dorflex.

Então caímos na risada.

— Quem diria, mãe, que uma hora dessa a senhora ia estar de pijama, com bobs na cabeça, toda amarrotada de dormir. Foi pra cama que horas? Às sete, que nem galinha?

— Ôxi, galinha vai deitar às cinco, eu fui às dez e meia, tive que enrolar dois cento de salgadinho pra hoje. E sou casada, esqueceu?

— Onde está teu marido? Na tua cama que não fica né.

— Karla, você não começa com isso. Ele coloca dinheiro dentro de casa, pelo menos tá cuidando dos filhos dele. Coisa
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