“Leva muitos degraus, você sabe, para um homem subir. Ninguém pode fazê-lo sem ajuda” Joe Bonanno Svetlana estava se sentindo poderosa, ela sentiu a liberdade que seu marido queria e deu para ela. Seus olhos analisavam todas as mulheres à sua frente, a maioria estavam tremendo, temendo que seus maridos descobrissem onde elas estavam. Hades tinha lhe dado a missão de fazer aquelas mulheres que tiveram a vida toda sendo domesticadas virarem máquinas de matar. Ele talvez soubesse o perigo que iria causar se algum homem levantasse a mão para a sua esposa. Svetlana sorriu. Ela nunca tinha sido líder de uma missão na academia, mas assim que seu esposo mencionou que ela tinha que treinar as mulheres sua cabeça começou a analisar possíveis lugares que seu pequeno exército feminino ocuparia entre a familia. Todas olharam o circuito que Svetlana tinha improvisado, ela iria fazer aquelas mulheres suarem, fazer aquela postura de mulher arrogante cair igual as lágrimas que ela estava louca
“Eu gosto de ser eu mesmo. A miséria adora companhia.” Anthony Corallo Hades levantou uma das sobrancelhas para a ousadia de Pagano. — O que está insinuando? — A roda dos chefes da Cosa Nostra estava pacífica até aquele momento. — Não querendo questionar se as faculdades mentais do seu pai estavam em dia quando se era vivo — Hades trocou olhares com seu tio Hermes, que franzia as sobrancelhas levemente. — Mas te casar com a filha do Boss da Bratva foi uma loucura, desde sempre Ares nunca gostou dos russos. — Bom... senhor Pagano, saiba que a minha curiosidade para tal casamento também é de meu interesse — Hades se arrumou na cadeira, incomodado com a reunião. — Mas ele não está aqui para me responder, e não podemos perder tempo com essa bobagem. Hermes pigarreia fazendo o Don lembrar de seu tom. — De qualquer forma, quero respostas sobre o rato. Atualizações? — Hades se direcionou ao Perseu que estava em pé alguns metros longe da mesa redonda. Perseu balançou a cabeça
Para todas que amam homens que endeusam suas mulheres Andreia Vitória Hades suspirou ao sair do aeroporto. Tantos anos longe da Sicília para no final acabar no mesmo lugar de anos atrás. Ele não sabia do por que foi convocado mas pretendia descobrir o quanto antes. — Táxi! D'Angelo entrou no automóvel com o motorista a sua frente e lhe informou o endereço, o taxista olhou pelo retrovisor com o semblante claro que estava analisando seu perfil, desconfiado o homem de idade ergueu uma das sobrancelhas com a suspeita da sua pessoa. Suspirando, Hades jogou cem euros no banco do passageiro da frente e sentiu o carro andar pelas ruas da famosa cidade siciliana. Minutos depois ele estava de frente ao portão da grande mansão da famiglia D'Angelos, a nostalgia de boas lembranças esquecidas a tanto tempo veio com força, as raras vezes que ele corria atrás de seus irmãos com algum tipo de brincadeirinha de perseguição. Hades olhou ao redor, agora, notando a quantidade de soldados, fuzil vi
"O homem paciente é o homem que controla. Ele é firme; constante em todas as coisas. Quando pretende acabar com seus inimigos, começa por matar seu próprio ego. Onore. Vendetta. Lealtà." Cosa Nostra Hades entrou no hospital particular com o rosto num semblante gélido, por dentro seu sangue fervia, quem teria a ousadia de tocar em sua irmã? Quem seria tão estúpido o suficiente por violenta-la? Seu tio estava a sua frente conversando com a recepcionista enquanto seus olhos observavam o local, o hospital era muito bem requisitado, sem dúvidas ela estaria recebendo os melhores tratamentos. — Sobrinho — Hades olhou para onde lhe chamaram e seguiu seu tio para um corredor branco adentrando no hospital. Era só questão de tempo para todos estarem lá, seus irmãos também haviam sido convocados pelo seu pai. No corredor da UTI ele viu através da janela de vidro a sua irmã inconsciente. Precisou de todo o seu autocontrole para não arrancá-la daquela maca. Ártemis estava magra e pálida,
“Você consegue muito mais com uma palavra amável e um revolver, do que somente com uma palavra amável sozinha”Al Capone Rússia, Moscou. Svetlana observou Vasiliev na frente do carro preto. Ela andou até ele, saindo da grande propriedade escola de etiqueta, o que era uma fachada já que dentro daquele prédio era uma academia para tornar filhos de chefes famosos em profissionais de matar. — Svetlana — A saudação do homem mais velho foi estranha. A mulher ficou em silêncio esperando o próximo movimento. — Entre. A porta do carro foi aberta e a sensação de estar sendo condenada mais do que ela já era veio como um arrepio na nuca. Não era o tempo frio e gelado do país que a fez sentir os pelos eriçados, o cabelo médio voou pelo vento gelado quando ela se movimentou para entrar no carro. Vasiliev sentou ao seu lado e ele ordenou que o motorista dirigisse. — Alguns meses atrás fiz uma negociação muito bem sucedida — O homem dos cabelos cinzentos a olhou, Svetlana lembrava d
“Esse foi o começo do fim da Cosa Nostra.”Anthony Casso Assim que Hades adentrou na mansão D' Angelo seu tio estava com um homem desconhecido na sala de visita. Os passos longos se tornaram curtos gradualmente até estar a dois metros de distância dos homens. Tinha visitado sua irmã caçula novamente, ele estava decidido a fazer do seu quarto um lugar apto para comportar todas as necessidades dela até melhorar, mesmo que o hospital não apresentava nenhuma ameaça ele nunca poderia saber de onde o seu inimigo estava vindo, poderia simplesmente voltar e terminar o que fez com Ártemis. A gerência de seu pai sempre teve algumas falhas, uma delas a principal era fazer da mansão D'Angelo o complexo da famiglia. Seu pai sempre gostou de esbanjar a riqueza que a famiglia tinha conquistado. — Sobrinho — Assim que Hermes percebeu sua presença ele se levantou junto com o homem ao seu lado. O rosto tenso do estrangeiro não era um bom sinal, Hades só queria voltar para o seu lugar sec
“É melhor viver um dia como um leão do que cem anos como um cordeiro” John Gotti Dois dias depois, Hades estava observando o caixão do seu pai descer para a cova no cemitério privado aos homens de honra da famiglia. — Nem pude vê-lo agonizando — Perseu falou em um tom baixo. O sereno da chuva estava se intensificando e as pessoas — principalmente mulheres dos seus primos — estavam erguendo os guarda-chuvas. A luva que ele nunca tirava coçou seu maxilar olhando para o movimento do caixão sendo colocado no fundo do jazigo pelos coveiros. — Agora vocês estão cientes do que me espera — Hades proferiu murmurando, a terra cobria o caixão mais caro da funerária. — Vendetta — Hefesto proferiu entre dentes. Desde que viu a irmã caçula ele estava levemente alterado, deixando sua raiva transparecer e o seu ódio explícito. — Exato — Nem todos dos irmãos estavam ali, mas a famiglia sentiu o poder dos três que estavam ombro a ombro sem tirar os olhos do caixão, os irmãos de
“Se há uma vontade, há sempre um caminho meu amigo”Richard Kuklinski Hades estava demorando muito tempo com aquilo, finalmente tinha fugido das suas obrigações para ir lá. Ele estacionou o carro na frente do hospital psiquiátrico e suspirou ao se ver sozinho, infelizmente chamar seus irmãos iria dar muito na cara que estaria acontecendo algo antes do casamento acontecer, ele queria que a sua mãe estivesse vendo aquilo. — Em que posso ajudá-lo? — A recepcionista solicita perguntou assim que Hades chegou perto do balcão da recepção. — Quero ver Antonella D'Angelo — Os olhos da mulher se arregalaram em surpresa. — Antonella D'Angelo? — Ela franziu a testa. — Sim, algum problema? — A garota engoliu em seco ao lembrar que os rumores estavam sendo verdadeiros. — Nenhum, qual o seu nome? — Hades D'Angelo — Seus olhos focaram na pulsação do pescoço da moça, quanto mais tempo passava mais ela ficava nervosa, Hades supôs que ela o conhecia, de alguma maneira. — Identifi