Depois do jantar, fiquei um pouco com meus sobrinhos. Brincamos, contei histórias… Mas agora todos dormiram. Olho para meus braços e sinto um déjà-vu quando vejo a Héstia adormecida, segurando firme a barra da minha blusa, como se tivesse medo que eu fosse embora. E não tem como não lembrar da Sofia.
— Deixe-me levá-la para o quarto. — pede minha irmã, e entrego a pequena em seus braços. — Eles são apaixonados por você, olha só a hora que foram dormir. — comenta olhando o relógio na parede e depois sai, me deixando sozinho na biblioteca.
Vou até a pequena adega e encontro uma garrafa de conhaque. Sirvo-me de uma dose e caminho até a janela, segurando o copo, observo a vista. Não dá pra ver muita coisa da paisagem por causa da noite, mas de dia deve ser uma bela vista para algumas montanhas.
Ouço a porta se fechando, e pelos passos reconheço minha irmã voltando.
— Apolo te disse quanto tempo vou passar aqui? — questiono em um tom brincalhão.
— Não. E mesmo se soubesse, não diria.