ESMERALDA DEL CASTRO
Dio santo! Esse homem ainda vai me fazer ter um troço. Bebo a água de uma vez só, tentando acalmar meu coração disparado. Parece que ele sabe... Mas como? Eu saí rápido, não deu tempo dele me ver. Não ouvi nada demais, só o vi com aqueles homens estranhos. Não cometi crime nenhum. Pelo menos eu não… ele já pode ser outra história.
E aquela frase? “A curiosidade matou o gato”. Dio mio, até arrepiei quando ele disse isso. Será que foi uma ameaça? Não, não pode ser. Estou viajando, isso sim. Paranoia pura, Esmeralda, paranoia.
— Esmeralda? — a voz da Viviane me traz de volta.
— Sim?
— Está bem?
— Sim, só... pensando bobagem. O que dizia mesmo? — pergunto, indo até a pia e começando a lavar a pouca louça.
— No que tanto pensava?
— Nada demais... Na minha mamma. — minto. Não posso dizer a verdade.
— É muito apegada a ela?
— Sim. Somos só nós duas e minha tia, com a filha dela.
— Você parece ser uma boa filha. Sua mamma deve se orgulhar. — sorri, e