ALEMANHA, BERLIM – 16:50 P.M
Apesar do clima agradável que agraciava a cidade, dentro da mansão, o clima era outro, a tensão estava instaurada. Como se uma tempesade estivesse para chegar, colocando tudo de ponta cabeça, bagunçando a vida dos moradores.
— Você está muito louco, não podemos voltar para a Itália! — a voz da mulher ecoa firme, mas por trás da dureza há um desespero claro. — Se quer tanto ir, então vá sozinho!
Mas seu marido não tinha tempo para as emoções dela. Não agora.
— Você que não entende! — rebate, tentando conter a raiva. — Não temos escolhas. Estamos afundados aqui... E o desgraçado daquele alemão vai vir atrás de nós. Não é só a mim. É você também... e a menina. As palavras dele soam como sentença de morte.
Ela então aperta os punhos. Está exausta de viver com medo. Mas pior que isso seria perder a filha.
— Isso tudo é culpa sua! — grita. — E eu não vou colocar em risco a minha filha por sua culpa também.
Ele avança, segurando rudemente o braço de