Lisa Boo
Estou terminando de me arrumar para o trabalho. Eu trabalhava em dois empregos, um das 08:00 as 16:00 e outro das 17:00 as 01:00 mas graças a uma brigas que acabou rolando no restaurante eu fui demitida e agora trabalho apenas das 17:00 as 01:00.
Amarro meu cabelo e me olho rápido no espelho para ver se tá tudo ok. Desci rápido pela escadas apertada, acabei por mora na pior zona da cidade já que aqui o aluguel é barato e posso sem problemas pagar, claro, se eu não perder esse emprego. Isso me faz lembrar que preciso arrumar outro trabalho o mais rápido possível.
--Perdeu o medo foi? -- fico encarando ele -- Quer morrer? -- ele fica um tempo serio mas logo em seguida começa a ri da minha cara -- Otário -- digo pegando os papeis
--Você é uma gracinha -- diz ainda rindo. Dener é um amigo meu.
Moramos no mesmo prédio e no mesmo andar, as vezes me arrependo por ter parado para ajudar ele há seis meses atrás. Ele perdeu a chave e me pediu ajuda, tentei de toda forma abri a porta mas cansei e só bastou um chute para aquela porta cair, ele ficou me olhando chocado e deste então pra tudo ele me procura...
Caminhamos juntos para o ponto de ônibus e fico ouvindo ele falando sem parar da noite anterior, de como ele bebeu e acabou no meio de um beijo triplo com uma garota e um gay, aquilo me fez rir um pouco
--Preciso ir se não vou me atrasar -- digo ficando de pé enquanto puxo a cortinha do ônibus
--Passa lá em casa, prometo fazer aquele macarronada que você gosta -- diz e ri de lado
--Ok, bye, bye -- digo e desço na hora que ônibus para, vejo ele acendo para mim e sigo meu caminho. Bom, eu trabalho em um bar um tanto movimentado. Tenho que lidar com pessoas bêbadas, ignorantes, otários, nojentos... Enfim, a pior especie.
Mas como meu chefe é outra cabeça de merda ele decidiu que para atrair mas clientes, primeiro, só meninas pode atender e segundo, temos que vestir roupas extremamente sexy.
Uma meia branca grande até os joelhos, saia preta curta e uma blusa que deixa os peitos bem visível. Sinceramente, eu trabalho aqui porque eu preciso.
Meu pai é de uma gangue e só pensa nisso, deste de cedo tive que aprender a me cuidar já que meu pai estava com o grupo ou bebendo ou se drogando ou correndo de alguma briga que ele provocou.
Antes de você pense que meu pai é um mafioso ou coisa parecida gostaria de informar que estar errada. Ele é apenas mais um bode no meio disso tudo, já ficou preso por cinco anos no lugar do chefão... Talvez seja por isso que minha mãe deixou ele.
--Lisa você estar dois minutos atrasada -- ouço a voz do meu chefe assim que chego no balcão
--Perdão, o ônibus demorou a chegar no ponto -- digo e ele revirou a cara
--Isso será descontado do seu salario -- fala já saindo sem esperar qualquer coisa
--Ele fez de novo né? -- me viro vendo Hilary apoiada no balcão
--Se ele continuar assim eu não vou conseguir pagar meu aluguel e vou morrer de fome -- digo e ela sorriu de lado.
Hilary tem 24 anos, loira, alta e com o corpo bem definido e é alguém que eu considero demais.
Eu e ela somos bem parecidas mas creio que a historia dela seja um tanto mais triste já que ela perdeu os pais cedo demais e ninguém da família quis cuidar dela, então com apenas 16 anos já tava os próprios pulos para conquistar as coisas
--Vamos começar, ele estar voltando -- diz
--Melhor mesmo, antes que eu de um chute nesse velho gordo -- isso faz Hilary ri enquanto se afasta. O resto das horas foi tranquilo, apenas servido e ouvindo reclamações o tempo todo mas já estou acostumada.
A essa altura já passa das 00:00, estou louca para encerrar o turno, ir pra casa e comer a macarronada de Dener que é um presente dos deuses.
Um barulho interrompe meus pensamentos, olho em direção e vejo que Hilary acabou de derrubar cerveja em cima de um cara, junto com ele tem mais sete homens e todos estão alertas. Logo percebo que é o mesmo grupo que estava arrumando problema deste que chegaram.
--...VOCÊ É IMBECIL PORRA?! -- ele grita com ela enquanto ela vai na mesa em frente e pega o pano, com certa pressa ela começa a secar a blusa e a calça dele mas ele a empurrar fazendo ela cair no chão -- VOCÊ ACHA QUE ISSO É O BASTANTE? HEIN? SABE QUANDO CUSTA ISSO? -- ela estar toda encolhida no chão enquanto ele praticamente estar gritando em seu rosto, há essa altura todos estava assistindo aquela cena e eu já tinha me aproximado
--Me desculpa meu jovem... Foi erro meu, beba a vontade -- diz meu chefe -- Hoje é por conta da casa -- o cara fica encarando meu chefe mas logo começou a ri e os amigos deles fez a mesma coisa
--Você acha que isso é suficiente? -- volta atenção para Hilary, agarra seu braço e puxa ela violentamente para cima -- Você vai ter que dar para mim e todos meus amigos -- diz apertando o braço dela, vou para cima mais meu chefe logo me segura
--Claro, ela fará isso -- diz meu chefe fazendo todos encarar ele -- Ande, cuide disso -- olha para Hilary e ela estar com o rosto bem assustado
--Não! Eu não vou fazer isso -- puxa o braço -- As cervejas só caiu porque você bateu na minha bunda, eu me assustei.. Não tive culpa -- diz ela olhando para meu chefe -- A culpa é dele, eu não vou transar com nem um --
--Você causo isso, resolva -- diz o chefe saindo, o cara novamente agarrou o braço de Hilary e puxou ela
--Me solta seu porco imundo -- ela grita e da um tapa na cara dele, vejo o ódio no seus olhos e o momento exato que ele levanta a mão
--SUA VAGABUNDA -- sua mão vai em direção ao rosto dela no momento em que eu seguro. Nossos olhos se encontra, soltei a mão dele com violência
--Vocês já tem cerveja de graça, não estar bom? -- questiono fazendo todos eles ri
--Quer brincar também gatinha? -- pergunta. Eu tenho 1,64 e esse cara deve ter 1,85 ou algo parecido. Seu peso deve ser o triplo do meu
--Se vocês não tiverem mais interessados em beber então sugiro que saiam e não cause mais problemas -- digo toda plena. Enquanto isso sinto a respiração pesada da Hilary atrás de mim
--Sua amiga nos deve -- diz ele ajeitando a postura -- Quer pagar no lugar dela é? -- me olha dos pés a cabeça
--Ela não lhe deve nada, na verdade o único que deve aqui é você. Além de tudo que consumiu precisa pagar as cinco cervejas que fez ela derrubar -- ele me encarou, olhou para os amigos e rindo virou para mim
--Você é uma puta bem cínica -- diz
--Qual foi Will, vai deixar a putinha ganhar? -- um dos amigos dele diz rindo
--CALA BOCA -- Will grita e se aproxima de mim -- Já que você entrou nisso então é você que vai pagar e pode ter certeza, eu vou arregaça com você -- diz pegando no meu rosto, seguro seu pulso e dobro ele bem rápido fazendo ele soltar um grito alto
--Tenho duvida -- digo com ironia fazendo ele me encarar com certo ódio.
Sem dizer uma palavra ele vem em minha direção e segura no meu pescoço, agir rápido e dei apenas um soco no seu queixo, ouvir seus dentes baterem um nos outros e logo sua mão frouxa em meu pescoço. Seu corpo todo foi pra trás, a essa altura seus amigos já estavam de pé olhando para Will e para mim.
Esperei ele levanta mas ele ficou ali, deitado. Seus amigos passaram por mim e correu até ele, vir sangue saindo da sua boca, dois caras levantou ele e sem dizer uma palavra todos saiu de lá.
--Obrigada Lisa, obrigada mesmo -- diz Hilary me abraçando
--Isso será descontado do salários das duas -- diz meu chefe
--Porque das duas? Tire apenas do meu -- diz Hilary e eu puxo sua mão ao ver ele virando as costas e saindo
--Deixa pra lá, vamos voltar ao trabalho -- digo
--Me desculpa, serio mesmo -- diz ela e apenas sorri. Recebi alguns elogios das pessoas ali e o resto do meu turno foi tranquilo. -- Estou indo, até amanhã -- Hilary me abraça
--Até... Cuidado pelo caminho -- digo e vejo ela saindo. Como eu saio tarde demais não tem ônibus, então geralmente eu caminho até achar um táxi ou peço para Dener vim me encontra, peguei meu celular e logo mandei uma mensagem para ele e em menos de um minuto ele respondeu
- Já tô descendo
Comecei a caminhar, a noite ta calma, o céu claro e bem estrelado isso me faz lembrar que não liguei para meu pai para saber como ele está. Espero que não esteja fazendo nem uma merda.
Mesmo sabendo que quando o assunto é ele, fazer merda é normal na vida dele... Estava com os pensamentos longes quando sentir meu corpo sendo puxado para trás, cai no chão e ainda sem entender procuro por resposta.
Na hora vi que estava cercada pelos mesmo caras do bar, no centro estar Will, seu olhar é de puro ódio. Sinto mãos me agarrando por trás com força, forço meu corpo para sair mais não consigo, Will apenas sorriu e sentir o peso do seu soco na minha boca, aquilo fez com que eu ficasse um pouca tonta mas logo em seguida ele me b**e de novo, dessa vem meu corpo cai no chão
--SEGURA ELA -- ele grita e de novo me seguram, fiquei em pé na sua frente
--Bata enquanto ainda da tempo, porque quando for minha vez eu vou arregaça com sua cara -- digo e ele apenas sorriu.
Sinto uma pressão no meu estomago e parece que o ar parou de ir para meus pulmões. Sua mão agarra forte meu cabelo e atrás dele vi um carro preto parado
--Mulher nem uma me b**e e as que se atreveu estão mortas -- sorriu e me deu outro soco.
Minha visão está turva e sinto como se tivesse um peso no meu peito mas a raiva é maior. No momento que eles me deixa cair e Will se afasta enquanto se alto elogia para os amigos eu me levantei, ele virou e me encarou ainda sorrindo -- Quer mais? -- não respondo nada e ele vem pra cima.
Dou um chute na sua costela e logo um soco na sua cara no mesmo momento outro se aproxima para me bater, desviei e chutei sua coxa fazendo ele perder o equilibro e cai.
Outro vem pela direta e me agarra por trás, usei minha cabeça para bater em sua boca, suas mãos afrouxou, me virei e chutei seu peito. Enquanto luto com eles vejo Will se levantando, minha raiva se direçona para ele, corro e antes dele se levantar pulo em seu pescoço e o jogo no chão, puxo seu braço até ouvir um estralo alto e o grito dele mais alto ainda.
Um dos caras me puxa pelo cabelo e tenta soca meu rosto mas desvio fazendo ele soca o chão, me levanto e dou uma joelhada em seu rosto fazendo ele cai.
Olhei e vim eles deitados no chão enquanto um cara menor estava correndo em direção ao carro preto ainda parado, corri na direção dele e pulei em cima do mesmo, soquei seu rosto e logo segurei pelo cabelo e bati no chão duas vezes fazendo ele apagar...
Fiquei de pé com um dificuldade e encarei o carro, não demorou para ele seguir, passou por mim mas os vidros são escuro...
Me virei e vi alguns dos cara gemendo no chão, caminhei em direção ao Will e vejo que estar se retorcendo de dor, bom, não é pra menos, acabei de quebrar o braço do cara.
Olho nos olhos dele fixo e sorri de lado, coloquei meu pé no meio do seu peito e ele gemeu entre os dentes
--Você mexeu com a mulher errada! -- digo e ele sussurra algo mas não ouvir, me abaixo e seguro pela gola da blusa e em seguida dou um soco nele fazendo ele apagar de vem.
Sai daqui sentindo o ar queimando meus pulmões, sentia o gosto amargo do sangue e a minha cabeça lateja. No meio do caminho, assim que Dener me ver, vem correndo
--Meu Deus, o que aconteceu com você garota? -- diz tocando meu ombro
--Longa história -- digo...
Fui direto para casa dele, ele limpou minhas feridas e me deu um prato grande com macarronada e enquanto eu comia contava toda a história
--Quero nem imaginar como eles ficaram -- diz e ri -- Você parece ser tão fofa mas é tão bruta --
--Sou fofa só não me deixe estressada -- digo colocando o prato na mesinha -- Preciso ir, até amanhã -- aceno e sai indo para meu apartamento.
Fecho a porta e a primeira coisa que faço é tirar a roupa ali na sala mesmo enquanto caminho para o banheiro. Preciso de um banho e ir dormir, o dia foi cheio...