– Eu? – Desviei os meus olhos. Era claro que eu não o amava. Sabia bem o meu lugar, e o dele. Eu sabia que alguém como ele jamais olharia para mim. – Você enlouqueceu!
Mas ela apenas sorriu. Mexendo em um dos bolsos, retirou um cartão e me entregou. – Pegue isto, caso queira mudar de ideia.
– Eu não quero. – Recusei. As mãos dela ainda estavam erguidas, esperando que eu agarrasse aquele cartão.
– Livia...
– Livy. Senhorita Clarke para você.
– Que seja. Tanto faz. – Os olhos dela rolaram pela calota craniana, antes de se fixarem em mim novamente. Eu podia sentir cada traço de falsidade que emanava dela, me intoxicando como um veneno mortal. – Pegue isso. Quinhentos mil pelos desejos, Clarke. Pense nisso. Você pode sair dessa empresa, deixar o seu lindo chefe egoísta e reconstruir a sua vida longe daqui. Pode abrir uma empresa sua.
– Por que não faz isso? Por que trabalha na recepção se tem tanto dinheiro?
– Oh, eu tenho uma missão aqui, meu bem. E você?
– Eu também tenho! – Erg