Livy Clarke
– O que achou? – Olhei para o meu melhor amigo.
Juan parecia distante. Seu olhar perdido, não parecia se encontrar em lugar nenhum. Eu voltei a me encarar no espelho, colocando as mãos na cintura. Eu me virei para um lado, depois para o outro. Meu sorriso ainda parecia morto, quase apagado. Eu me esforçava para manter algum resquício de bom humor nos lábios rosados.
– Está tão ruim assim?
– O quê? – Juan perguntou. Ele parecia finalmente sair do transe em que se enfiou.
Eu o encarei. Estava tão preocupada com o meu amigo. Eu sabia que me sentia morta por dentro, mas e quanto a ele? Juan não me deu um dos seus sorrisos bem humorados desde que entrou por aquela porta.
– Está tudo bem?
– Sim. Sim, está tudo ótimo.
Eu ainda estava olhando para ele. Não importava o quanto negasse, aquele tom era de lamento. Quase um pesar. Um luto.
– Eu sei que você não está bem. – Andei na direção dele. Segurei as mãos que sempre estavam tão geladas. Ele finalmente olhou para