ANDY DAVIS
— Vá embora antes que eu grite e chamem a polícia — disse eu, como último recurso. Se depois disso Damián não desistisse, eu não conseguiria mais resistir a ele.
Damián exalou profundamente, acariciando minha boca com seu hálito e segurando meu rosto com uma ternura que me doía.
— Não vou sair daqui sem isso... — Sua boca capturou a minha em um beijo que me derrubou.
Lutei contra a sensação de que ele me provocava, contra a maneira como sua língua exigia respostas que meu corpo concedia sem permissão. Eu podia mentir o quanto quisesse, podia dizer que o odiava e que desejava nunca mais vê-lo na vida, mas... meus lábios não podiam mentir para os dele.
Quando ele me soltou, olhou para mim com a certeza de um homem que sabia que não poderia arrancá-lo da minha alma.
— Você nunca poderá me tirar do seu coração, Andy, porque eu estou bem gravado no meu. — Ele se afastou e, quando se virou para a porta, viu que ela estava aberta.
Bastián estava lá, com a surpresa estampada no ros