LUCIEN BLACKWELL
O silêncio tornou-se profundo por alguns segundos. Toda a equipe médica olhou uns para os outros, com medo, até que Camille se queixou de dor. Ela estava tão cansada que seus gemidos eram semelhantes aos de um gatinho com frio. Meu coração se partiu em mil pedaços e voltei para ela, segurando sua mão entre as minhas com desespero.
— Preparem a sala de cirurgia! Quero o anestesista pronto com a epidural! Faremos uma cesariana de emergência! — gritou o médico responsável, fazendo com que todos se mobilizassem.
— Você vai ficar bem — sussurrei, acariciando ternamente o rosto de Camille. — Você não pode me deixar... eu disse, não aguentaria a dor. Você tem que ser forte pelo nosso filho e por mim.
Camille não respondeu, mas escondeu o rosto no meu peito enquanto suas mãos se agarravam a mim. Ela era tão pequena e vulnerável que só reforçava meu desejo de protegê-la.
— Senhor, precisamos mover sua esposa o mais rápido possível — disse o médico com docilidade, temendo minha