Isabella:
Eu não era exatamente uma pessoa que pudesse elencar a tranquilidade como uma de suas melhores características.
Porém, de todas as vezes que Alessandro tinha conseguido despertar alguma raiva em mim, aquela era provavelmente a maior de todas.
Tudo o que ele tinha concluído a meu respeito me machucava demais.
Primeiramente, porque eu nunca, em nenhum momento da minha vida, tinha chegado a sentir inveja da minha irmã. Nem mesmo quando criança, quando, como Alê mesmo disse, esse sentimento podia ser considerado comum.
Eu não sentia inveja dela porque eu não poderia invejar o afeto que ela tinha do pai que nunca representou nada para mim. Era o afeto dela que eu queria ter, e não o dele.
Então, depois de tantos anos praticamente implorando por isso através de tantas e tantas cartas enviadas, ela havia insinuado a Alessandro que eu é que não tinha permitido uma aproximação entre nós?
E, o pior: Alê havia acreditado.
Certo, ele tinha razão na parte sobre eu nunca ter contado a ele