Diana Lizano
Eu já estava deitada na maca, com as pernas abertas. A dra. Ruschel já tinha se paramentado e a enfermeira preparava a medicação. Meu coração estava destruído. Aquele não era o dia da morte de um feto e da minha também.
Eu poderia encontrar desculpas para tudo, mas no fundo eu sempre seria a mulher que tinha abortado uma criança. Não sei como as mulheres que faziam esse tipo de procedimento sobreviviam a isso. Eu estava psicologicamente destruída.
Deitada naquela maca, eu virei o rosto para o lado e fechei os olhos, no exato momento em que a porta do consultório se abriu. Meu coração quase saiu pela boca quando vi Luigi na minha frente. Ele estava furioso, com sua arma apontada para a médica. Puxei minhas pernas e tentei acalmá-lo. Ele estava armado e eu tremendo.
Ele não me deixou nem mesmo trocar de roupas e me levou para fora da clínica. Minha mãe tentou impedi-lo, mas ele nem mesmo relutou. Luigi era louco, mais louco do que eu podia imaginar.
Ele me colocou dentro de