O Sofrer do Silêncio.
A voz da Memória.
A enfermeira tentou acalmá-lo.
— Senhor Miguel, por favor, você precisa ficar calmo. O doutor já está vindo.
Mas Miguel continuava a lutar para sair. A situação saiu do controle, e a enfermeira chamou reforços. Dois homens fortes entraram na sala, prontos para contê-lo.
— Não! Eu não vou ficar aqui! — Miguel gritou, tentando escapar.
Os homens o seguraram firmemente, enquanto a enfermeira preparava uma nova dose de sedativo.
— Vai ficar tudo bem, senhor Miguel. — disse ela calmamente, aplicando a injeção.
Miguel lutou por alguns segundos mais, mas logo seus movimentos começaram a enfraquecer, e ele desabou nos braços dos homens, adormecendo novamente.
Pouco depois, o Dr. Edmunds entrou no quarto e encontrou Isabel sentada ao lado do filho, enxugando as lágrimas com as mãos trêmulas. Ela parecia exausta, consumida pela dor de ver Miguel sem lembranças dela.
— Doutor... — Isabel começou, com a voz fraca. — Ele não se lembra de mim.
Dr. Edmunds assentiu, com