O Quarto Fragmento.
Memórias no Horizonte
Miguel estava na porta de uma escola, com o coração acelerado e as mãos suadas. Atrás das costas, segurava um pequeno buquê de flores que ele havia improvisado, arrancando-as de um jardim ali perto. Parecia uma coisa boba, mas, para ele, era um gesto importante. Aguardava alguém especial sair.
Quando as portas da escola se abriram, ele a viu: uma menina sorridente, rodeada por algumas amigas. Seu sorriso parecia iluminar o fim de tarde, e Miguel ficou completamente encantado. Ela se aproximou, e ele, nervoso, estendeu as flores para ela.
— São para você. — disse, um pouco tímido.
Ela aceitou o buquê com um sorriso caloroso e deu um beijo suave na bochecha dele.
— Obrigada! — respondeu, com o olhar doce.
Miguel respirou fundo, criando coragem.
— Posso te acompanhar até em casa?
— Claro! — respondeu ela, despedindo-se das amigas. — Vamos!
Os dois começaram a caminhar lado a lado. O silêncio inicial logo foi substituído por um diálogo leve e descontraído, típico da