A Memória que Escapa.
Esquecimentos e Fragmentos Perdidos
Miguel acordou com a luz do sol invadindo o quarto, o corpo pesado e uma estranha sensação de vazio na mente. Ele piscou algumas vezes, tentando se situar, mas não havia nada específico na memória. Apenas o cansaço familiar e uma leve dor na têmpora.
Ele se levantou da cama lentamente, caminhando até o banheiro. Depois de lavar o rosto, olhou seu reflexo no espelho e sentiu uma sensação de inquietação. Havia algo que ele deveria se lembrar, mas não sabia o que. Ele sacudiu a cabeça e respirou fundo, como se pudesse afastar essa sensação desconfortável.
Enquanto Miguel descia para a cozinha, o cheiro de café recém-passado preenchia o ar. Sua mãe, Isabel, estava sentada à mesa, folheando uma revista. Ao vê-lo, ela sorriu com doçura e fez um gesto para que ele se juntasse a ela.
— Bom dia, filho. Dormiu bem? — ela perguntou, observando-o com atenção.
Miguel deu de ombros, ainda meio confuso.
— Eu acho... — ele murmurou, esfregando os olhos. — Na