- Não tenho o que explicar. – Vejo o brilho sair dos seus olhos assim que profiro as palavras e me apresso em esclarecer. – Não sou eu nessas fotos.
- Arrume uma desculpa melhor, ficou burro também? – Raphael grita comigo.
- Cara, você é meu irmão, estou tentando relevar devido a situação, mas se não se acalmar vou quebrar sua fuça. – Busco forças de onde não tenho para ficar calmo. – Não é desculpa, não preciso disso, esse – aponto para as fotos – não tem como ser eu.
- Como essas fotos foram parar nas suas mãos, Raphael?
- Colocaram na caixa das minhas correspondências na portaria do prédio. – Vai até o sofá, se senta com os braços apoiados nas pernas e passa as mãos no rosto. – Estou tentando descobrir sobre a entrega e sei que foi um passo da