Aquele ser em dois mil e seis, totalmente transtornado, acreditava que iria morrer breve, breve, através da bala homicida na traição familiar, está totalmente desesperado e atormentado, tudo que tinha eram poucas roupas, e um violão empenado, colocara as roupas em uma bolsa com alça diagonal de cores marrom e cinza, pegou o violão colocara no ombro esquerdo com sua mão direita, saíra correndo, correndo dos problemas, queria fugir daquele ambiente agressivo, onde não podia estabelecer diálogos com os fraternos, o mundo que ele estava entrando era por demais obscuro, para dar credibilidade a família, o pai juntamente com o irmão, entraram em um chevette mil novecentos e noventa e três, e resgataram ele de um possível caminho de morador de rua, mas tudo que ele desejava era se libertar.
Em certa ocasião na praça dois de julho, conhecida como praça do meio, essa lembrança retornou quando compartilhava uma vodca com um morador de rua, sem querer tocar na ferida perguntaste.
- O que te fez morar na rua?
Perguntou, pois gostaria de conhecer a história daquele homem que em sua frente estava.
- Fui traído, sempre trabalhei de segunda à segunda, dando o alimento a minha esposa, numa tarde de quinta, fui liberado mais cedo do serviço, encontrei ela na cama com dois rapazes.
História trágica, em seu sarcasmo quisera rir, mas sentiu-se triste.
- Então você partiu?
Perguntou somente, para saber se esse era o estopim.
- Sim. Falara isso tomando o restante da vodca barata que tinha em seu copo.
João Guilherme, sempre acreditou em Deus, sabia que no leito que fora resgatado, ou até mesmo nas ruas, Deus não o abandonaria, mas sabia também de um caminho traçado, já escrito no livro da vida, conhecido também como destino, que é irrelevante perante nossas escolhas.
Ao voltar para sua casa, quebrara o violão igualmente um dos ídolos do rock, o medicaram, aquela cena já estava virando rotina, um inferno existente se desdobrava, meses atrás, no calor de um país tropical, proferiu em uma visita na metrópole para sua prima, se não sentia calor com as vestimentas preta.
Ele afirmou.
- Estou me preparando para o inferno, onde todos irão.
Acontece, que a morte sempre o atormentava, em suas últimas conclusões, descobrira que a morte é o acordar de um sonho infernal, o planeta Terra se tornou um lugar inóspito de viver, de entraves pessimistas, era o jargão do presidente, prometendo dezesseis mil reais, como salário digno, o ministro da economia, injetando dinheiro ao cidadãos como auxílio emergencial, sem fazer um levantamento das consequência, tais como o feijão mais caro, e carne bovina poucos tinham o desfrute de saborear em um churrasco familiar.
Mas evitavam aglomerações, era o apocalipse acontecendo.
Música: Anjos do Apocalipse - Banda: Overdose
O primeiro anjo sua trombeta tocou
Fogo e sangue, sobre a terra se lançouFlorestas, campos e valesTodo o verde se queimouE o segundo anjo se pronunciouMorte na água o que se viuUma bola em chamas no mar caiuToda a água da terra secouQuando o terceiro anjo tocouPoucos vão escaparE quatro anjos ainda vão tocarAgora estão condenadosPagarão por seus pecadosOs anjos vieram tocarE o fim anunciarO quarto anjo começou a tocarSol e lua pararam de brilharNem dia nem noiteTrevas por todo o lugarE o quinto anjo se fez escutarVoando nos céus terriveis dragõesE sobre a terra ferozes leõesDoenças e pragas se espalhouQuando o sexto anjo tocoupoucos vão escaparUm anjo ainda vai tocarAgora estão condenadosPagarão por seus pecadosOs anjos vieram tocarE o fim anunciarEntão, as nuvens se abriramNum firmamentoToda a Terra se calouPor um momentoUma voz do além se fez escutarAntes que o ultimo anjo começasse a tocarNenhum anjo mais vai tocarPoucas vidas vão se salvarA esses escolhidos a força pra recomeçarE os erros do passadoTentar evitar, para que nunca maisOs anjos do apocalipse venham tocarOuvia à essa música, sentido sua vibração se espalhando pelo ar, sua energia estava sendo liberada, porém aqueles que por perto estavam em alerta ficaram.
- O que vem à ser isso?
Todos perguntavam, todos em um raio de quatro quarteirões.
O apocalipse era inevitável, os reinos dos céus desceu à Terra, aqueles que não acreditaram presenciaram fatos, que até então baseavam através da ciência, até que a ciência não teve mais respostas, decidiram voltar ao prisma dito como místico, como poderíamos fazer uma arruaça em plena capital do país, depor o presidente através de protesto, se nada mudava a opinião dos senhores a quem depositávamos confiança, era o irmão que cheio dos impropérios administrativos, via sua cabeça na guilhotina, ameaçava alguém próxima com palavras agressivas, aquela flor murchou terrivelmente, hoje encontra na ilusão, não seria uma forma de praga, mas sim, uma verdade simples, na lei da reação, à ela que fez João Guilherme sofrer tanto de amor, despertou a arte, a expressão racional e emocional, em palavras, pinturas, músicas, a mais sublime de todas as artes, inspirada por Deus, considerando o deísmo como consagração de seus terríveis atos e benevolentes, já que o bem não precisa ser propagado por bocas da primeira pessoas, mas já o mal, esse existente desde a desobediência no paraíso, enraizou na humanidade, e os terceiros, proclamam atrocidades para todos aqueles que desejam ouvir, escarnecendo as vontades da quimera social, realmente os reinos dos céus desceu, justamente pois já estava longínquo a esperança, ao oeste se avistou a estrela de Belém, era Cristo provando seu nascimento e surgimento no planeta, lembrando da esperança que na casa de seu Pai existe inúmeras moradas, João Guilherme em dúvida estava, se realmente estava ascendendo a hierarquia angelical, quis saber sobre vidas regressas, ou mistérios ainda não revelados, o que encontrara fora a verdade, que uma era se findava, e o Arcanjo anunciava o fim da humanidade, hoje seus relatos sagrados se tornaram.