Filhos do Apocalipse
Filhos do Apocalipse
Por: Micael Pinto
Parte I

As casas estão marcadas, aqueles que irão descer ao tártaro, uma luz com tonalidades avermelhadas, invade o ambiente, contaminando os humanos, são seres marcados para morrer, a última praga se ergue na sociedade, nos céus as trombetas dos arcanjos do apocalipse ressoam, com todo esplendor, é Deus pedindo o corpo que nos emprestou nessa jornada terrestre, ao qual a humanidade em um período breve de evolução desenvolveu intelecto, mas construíra uma Torre de Babel, abandonaram a vertente do pensamento divino, atribuindo a palavra mística, para relações congruentes a moralidade, o homem evoluiu sua razão, mas se tornou escravos da emoção, não demonstra afeto, raros aqueles que demonstram, são satirizados, nos tornamos desconfiados, protegemos o nosso ouro com medo do ladrão, mas surrupiamos o pão de forma imoral com aquele cidadão que trapaceamos no emprego, nos tornamos ascos, não cultivamos a fé, somos devotos da babilônia, a estatua dos últimos tempo se desfigura, a águia imperialista, lança sua praga contra o dragão, no ventre uma mulher geme para dar Luz.

As trombetas ressoaram tempos atrás, na figura de um Anjo, renegado socialmente, extremamente satirizado, zombado por aqueles que conviveu com ele na forma humana, desceu a essa orbe, de testes corriqueiros, para libertar o suor do corpo, daqueles que perecem no tronco da tortura, vestiu-se da armadura sagrada, uniu-se com mais Três, algo o atormentava, em sua forma simplista e humana, o desaparecimento do ouro da nação, olhou aos céus pediu respostas, em seu íntimo, vira uma estrela cadente cortando os céus, um homem no futuro, leu sua biografia tão humana, tão artística, ficara entusiasmados, com relatos breves, seus amigos, leais escudeiro, acreditaram em sua retórica, o homem do futuro transportou-se ao passado, passando na era de uma pupila também de épocas já acontecidas, sentou-se no trono de couro daquela casa, os homens bem vestidos, esperavam somente uma forma de contato, queriam descobrir a projeção astral que acontecera naquele momento, tontos e nauseabundos ficaram, o viajante retornou ao seu tempo correto, dois mil e quinze, plantou suas raízes, o mistério por aqui estava sendo severo.

Vivíamos em contradições, com a nossa existência, acreditávamos fielmente no beijo da amada, tão egoísta, tão simplista, tão supérflua, jogara os brincos roxos na sarjeta, juntamente com aquela emoção, o poeta nasceu, nos beijos que não mais terá, nasceu um ser celestial, de boa índole, educado, primordial em tempos atuais, onde a aliança do beijo da consagração do matrimônio és satirizada.

Tempos atrás, um ser como qualquer outro, vivera de forma egoísta, o que mudou para se tornar alguém altruísta. No senso comum acontecera um surto em sua razão, vira todas suas amizades se distanciando, anarquizando sua existência, ele porém fiel aos ensinamentos de Cristo, oferecera o outro lado do rosto, para também ser esbofeteado, os mesmos camaradas que escarneceram e duvidaram de sua capacidade, queriam sua derrota, mas ele fora mais forte do que todos que queriam sua derrota. Uniu-se temporalmente sem uma ordem cronológica ao supremo, sucedeu que todos pereceram no tártaro, ele observou com lágrimas no rosto angelical então que partiu para ascensão, juntamente com o ser de épocas passadas.

Panda, em sua casa esteve, um irmão daqueles que aparecem e desaparecem, sutilmente, delicadamente, sem muita satisfação, mas com muita conversa, descera até a baixada da cidade em busca de entorpecentes, no meio do caminho uma dose de conhaque tomou, na beira do rio, a fumaça levantou, sentia-se atrelado a um espião da época da transição imperial para a república então proclamada, no viés se dito ao psiquiatra, condenará como alucinatório.

Mas convenhamos, o que vem a ser a loucura? O fato de não compreendermos o próximo, ou da dificuldade de eles exporem suas ideias seria motivo de o chamarmos de mentecapto, seria essencial analisarmos o ponto fundamental da questão, não se trata só de descontrole hormonal, são seres carniceiros, que vivem superficialmente, achando que ter um pão para alimentar, é mais difícil do que dividir com o “mendigo” ou com o louco, come até os farelos que caem da mesa, são gananciosos, repugnantes. A loucura é a palavra que usamos a outrem para definirmos nossos limites.

Não se trata só do pão suado, do sangue derramado, se trata da covardia, da inquisição social, peregrinando em dizeres, o que seremos quando crescermos? Ao descermos para a matéria, já temos uma missão estabelecida nos planos espirituais, trajarmos condições ao decorrer dessa caminhada, e muito nos perguntamos, até onde nossa capacidade de pensarmos irá se suceder, não somos devotos das novidades carnavalescas, aquele ser que teve um surto, saiu do fundo do poço, com uma carga de conhecimento, de compreensão, de sabedoria da vida, sem transcendente, sabia exatamente, que todos seres eram oportunistas, davam as costas, e não se trata de uma retórica ao amor que passou, somos seres covardes, que estamos a evoluir, a adentrar na era da regeneração, os anjos do Apocalipse levantaram suas trombetas, cantaram seus hinos, nos céus rosa ficaram, anjos das trevas e das luz em guerra entraram, isso em dois mil e treze, se a data realmente és importante, onde ainda de forma persecutória ouvia entre as mentes. “- Irá sofrer muito”. Estava em uma das melhores épocas da sua vida, muitas mulheres, esbórnia rolando solta, e lá seu chamado aconteceu, a areia da praia entre seus dedos, tomou seu banho e antes de descansar ligou para a dama, o estralo na mente aconteceu, não de forma tão forte, captou: “- Coitadinho”, entre uma mistura de fêmeas e parentescos.

Acordou fazendo promessas aos céus em sua batalha com os narcóticos, incinerou a maconha que possuía, os periquitos cortaram os céus, do leste ao oeste em torno das cinco e meia da manhã, captara também traços de racionalidades naqueles seres, que fazia uma bela melodia nos céus, o que os céus queria falar com ele, proferiu blasfêmia para algumas pessoas, vai saber se fora o fogo do espírito santo, ou apenas a dita loucura, que até mesmo os psiquiatras satirizam, uma fajuta formação que enxuga gelo estava atrelado, tal qual uma conspiração romana, que levantara-se ao presidenciável, ele que se sentira em uma perseguição familiar, em prol de quê? De não viver sua vida ao seu bel prazer, ou apenas a retórica crítica da transposição do eu a terceiro?

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