Isabella
Acordei desorientada, com um forte gosto metálico na boca. Levantei a cabeça e, pela pequena janela, percebi que já era dia. Minha Deusa, quanto tempo dormi?
Estava deitada sobre um chão gelado. Levantei-me lentamente e olhei para meu vestido, manchado de sangue seco. Meu coração acelerou. Tateei meu corpo em busca de ferimentos, tentando descobrir de onde vinha aquele sangue, mas, antes que pudesse entender, senti uma presença.
Meus olhos se ergueram, e então o vi.
— Ethan!
Meu grito ecoou pelo pequeno cômodo. Sem pensar, me coloquei de pé e corri até ele. Estava desacordado, com hematomas espalhados por todo o corpo e uma poça de sangue ao seu lado. Seus pulsos estavam presos por correntes de prata, levemente pendurados, deixando seus braços erguidos de maneira desconfortável. Seu corpo, no entanto, ainda tocava o chão, o que tornava a posição menos brutal, mas não menos cruel.
— Ethan, por favor, fale comigo.
Meu coração se apertou ao perceber que não conseguia ouvi-lo res