Vitória mantinha a cabeça baixa. As lágrimas caíam no chão sem que ela dissesse nada, mas Luciano entendeu aquilo como uma admissão.
— Por que você não consegue nem aceitar que exista uma mulher? — A voz dele estava pesada. — Ela já é ex-mulher do Gabriel, os dois estão divorciados. No fim de semana, sua mãe ainda foi falar com o Sr. Henrique sobre o casamento de vocês dois.
Ele respirou fundo e continuou:
— Ela não representa nenhuma ameaça real para você. Não tem poder de atrapalhar sua vida. E, ainda assim, você insiste, vez após vez, em querer vê-la morta. Como pode alguém ser tão cruel? Me diga, que ódio mortal você tem dessa Beatriz?
Vitória não respondeu. Apenas chorava, porque não tinha outra forma de se defender.
Para ela, Beatriz tinha que morrer. Enquanto estivesse viva, sua posição estaria em risco.
Agora, diante da verdade exposta, pouco importava o julgamento da família Cardoso. Continuava sendo a filha legítima, a herdeira, e, no máximo, seria repreendida.
O problema rea