Ao ouvir a resposta da jovem, Priscila pareceu aliviada:
— Também não é preciso exagerar a ponto de cortar tudo. Caso contrário, o Eduardo pode desconfiar. Quero apenas que haja equilíbrio. Situações como jantares, por exemplo, convém evitar.
Beatriz assentiu. Nesse momento, o garçom trouxe os pratos, interrompendo a conversa.
A atmosfera entre as duas permaneceu silenciosa. Beatriz sentia um tipo de pressão invisível vindo daquela mulher à sua frente.
Ainda assim, ela não tinha nada a esconder: tudo o que dissera até ali era a mais pura verdade.
De fato, nunca nutrira qualquer sentimento desse tipo por Eduardo. Ao contrário, ele a provocava e a tratava mal. Mas, inexplicavelmente, todos ao redor insistiam em interpretar errado.
E agora, até a mãe dele a procurava pessoalmente. Isso fez Beatriz começar a se questionar.
Talvez fosse mesmo melhor reduzir o contato ao mínimo.
— Tenho certa curiosidade… Como foi que o Sr. Henrique a escolheu para se casar com Gabriel? — Perguntou Priscila