Beatriz acelerou o passo, a mente cheia de dúvidas sobre o motivo de a mãe de Letícia ter vindo procurá-la.
Nunca a tinha visto antes. Da vez em que Letícia a convidara para sua casa, ela apenas respondera educadamente que “um dia apareceria para uma visita”, mas jamais chegara a ir.
Com essa incerteza no coração, Beatriz chegou ao saguão.
Ao ouvir o som dos saltos ecoando, Priscila virou o rosto para olhar. A jovem era ainda mais bonita do que nas fotos que já tinha visto.
Usava um tailleur cáqui, elegante e simples, com maquiagem leve que realçava sua beleza natural.
Não era muito alta, mas tinha uma silhueta esguia e delicada, um ar gracioso que despertava ternura.
Enquanto Priscila observava Beatriz, esta também a estudava.
Letícia tinha cerca de sessenta por cento dos traços da mãe, mas era mais vibrante e cheia de energia, enquanto Priscila carregava a beleza serena da maturidade, marcada por uma aura de sofisticação e nobreza.
— Muito prazer, Sra. Priscila. — Cumprimentou Beatri