— Sr. Gabriel, como devemos proceder deste lado? — Perguntou o representante, em português, pelo telefone.

— Já entendi. Me dê dois minutos. — Respondeu Gabriel, frio.

O intermediário compreendeu e foi negociar. Estavam dispostos a esperar, afinal, vender duas gramas de antídoto concentrado por cento e cinquenta milhões de dólares era um negócio gigantesco.

No corredor, no fim da ala de internação, Gabriel pegou o telefone e discou para Renato, pronto para tirar satisfações ali mesmo.

Do outro lado, a chamada foi atendida rápido. Contendo a fúria, Gabriel falou entre dentes:

— Renato, foi você, não foi? Comprou todo o antídoto do Pó do Êxtase só para eu não conseguir! E ainda tem a cara de dizer que eu sou cruel? Você é que tem o coração de fera com cara de gente! Quer se vingar de mim? Venha direto em cima de mim, mas não descarregue isso na Beatriz! Ela é inocente! Você sabe muito bem que eu estou tentando salvá-la, mas mesmo assim mandou comprar o antídoto antes, só para impedir. Vo