— Coloca o apartamento à venda, vai. Se o Gabriel tiver coragem de comprar, você vai morar lá em casa. — Disse Letícia, decidida.
— Esse homem tá completamente surtado. Quer comprar o lugar onde você trabalha, agora quer comprar onde você mora também. Por que ele não compra logo a cidade inteira, a Cidade A inteira, hein? — Resmungou, indignada.
Beatriz levou um pouco de arroz à boca, mastigando em silêncio.
Gabriel estava mesmo doente. E não era pouco.
“Só pra tentar me prender de novo naquele inferno, ele é capaz de qualquer coisa.”
Mas ela... Ela não voltaria jamais.
As duas continuaram jantando. Letícia, com o celular na mão, navegava distraída, até que chegou uma notificação, era do irmão.
— Bia, será que posso levar um pouco das sobras depois? — Perguntou Letícia, levantando o olhar.
Beatriz, um pouco surpresa, perguntou:
— Levar pra quê?
— Pro meu irmão. Ele disse que ficou com vontade de provar aquela costela que você fez. — Explicou Letícia.
— Eu faço outra pra ele, não tem pr