O pomo de adão de Lucas se moveu novamente, enquanto ele engolia seco: — Mariana...
Ela pegou sua mão: — O que foi?
— Você assim... — Ele respirou fundo. — É melhor... a gente dormir separado hoje.
— Você quer dormir separada de mim? — Mariana arregalou os olhos, surpresa.
Lucas apertou suavemente a mão dela e respondeu: — Desse jeito, como é que eu vou conseguir dormir? Eu não sou nenhum santo...
Mariana disse: — Se não consegue dormir, então vamos fazer outra coisa.
Assim que terminou de falar, puxou Lucas pela mão e, com um gesto, apagou a luz principal.
Só restou o abajur ao lado da cama, lançando uma luz amarelada e suave no quarto.
A respiração de Lucas já estava completamente descompassada. — Mariana... você...
— Eu estou bem.
Na penumbra, ela o abraçou com força. — Eu quero.
O corpo de Lucas enrijeceu na hora.
Diferente das outras vezes, dessa vez ele sentiu com clareza a sinceridade e o desejo dela.
Mas...
Foi ele quem quis recuar.
Ele temia que Mariana ainda guardasse traumas