Mariana foi acordada pelo toque insistente do telefone. Ao tentar se mexer, seu corpo inteiro doía, especialmente as pernas, que pareciam ter sido atropeladas por um caminhão.
Pegou o celular e atendeu com a voz rouca:
— Paulo?
Até ela mesma ficou surpresa com o tom de sua voz.
— Você está gripada? Está com febre? Sentindo mais alguma coisa? — Paulo perguntou, preocupado.
Mariana não sabia como explicar o que realmente havia acontecido, então apenas respondeu:
— Acho que peguei um resfriado, nada demais.
— Eu estranhei você não ter vindo ao hospital...
Mariana olhou rapidamente para o relógio e percebeu que já passava das oito horas.
— Paulo, faz um favor para mim? Avise que hoje eu não vou ao hospital.
— Claro. Mas tem certeza de que está bem? Quer que eu peça para a Luísa passar aí?
— Não precisa. Vou tomar um remédio e descansar.
— Certo. Tenho uma cirurgia agora, mas depois te ligo. Se precisar de alguma coisa, me avisa, e eu mando entregar na sua casa.
Depois de trocar mais alguma