Capítulo 8 Cabelo
- Presidente Souza, por favor, se contenha!

Lucas fixou seus olhos naquela pequena face ruborizada e indignada. Com um olhar tranquilo, ele inclinou a cabeça para o ouvido dela e começou a falar lentamente:

- Srta. Rita, você disse que sou um empresário. Um empresário busca apenas o lucro, não faz negócios que resultam em perdas. O que há em você, Srta. Rita, que vale tanto quanto aquela mansão?

Sua voz profunda carregava um frio cortante. Seus olhos negros e enigmáticos olhavam fixamente para o perfil dela. As palavras saíam lentamente, mas cada uma delas atingia o ponto mais vulnerável do seu coração.

Dinheiro, ela não tinha. A família Costa já havia falido há três anos.

Mas Lucas a desprezara na noite anterior, até mesmo a humilhara em público. Isso a deixava ainda mais confusa. O que esse homem realmente queria dela?

Lucas observou seu rosto frágil e jovem, dizendo:

- Você não estava sendo muito habilidosa tentando me seduzir na noite passada? - ele se inclinou, aproximando seus lábios finos ainda mais dela. Sua voz masculina e sedutora carregava um sorriso zombeteiro. - Ou será que, Srta. Rita, você estava apenas brincando de gato e rato comigo?

Lucas levantou levemente o pulso e pegou um fio de cabelo que caíra sobre o ombro dela. Ele cuidadosamente o guardou, fechando a mão.

No segundo seguinte, o homem a pressionou abruptamente contra o aquário. Suas costas colidiram com o vidro duro, fazendo-a franzir a testa de dor. Ela nem mesmo teve a chance de resistir.

- Srta. Rita, eu devo dizer que estou bastante interessado.

Suas palavras frívolas facilmente enfureceram Rita Costa. Ela olhou diretamente para o rosto bonito de Lucas, que estava tão perto que poderia arruinar nações. Seu coração começou a acelerar, e justo quando seus lábios estavam prestes a encontrar os dela, seus olhos brilharam intensamente. Ela o empurrou violentamente e saiu correndo do escritório.

Lucas observou a silhueta esguia que fugia apressadamente. Seus lábios finos se curvaram levemente, e seus olhos negros se estreitaram quando lançou um olhar frio para o fio de cabelo longo e preto em sua mão.

...

Rita saiu do escritório em estado de confusão, esbarrando em uma mulher no caminho.

A pasta na mão da mulher caiu no chão. Rita imediatamente se abaixou para ajudar a pegar:

- Opa, me desculpe!

Quando Rita entregou os papéis, seus olhares se encontraram por um momento. Uma expressão de choque passou pelos olhos de Nancy.

- Desculpe me, eu te esbarrei.

Nancy sorriu educadamente e aceitou os papéis:

- Tudo bem.

Foi só depois que Rita entrou no elevador e partiu que Nancy franziu a testa.

Os olhos daquela mulher... Eram tão parecidos com os de Amanda.

Ela olhou para a sala de entrevistas barulhenta, sentindo-se cada vez mais inquieta. Será que... Lucas estava procurando a mãe biológica de Amanda recentemente?

Ela segurava os papéis enquanto caminhava para a sala do Presidente. Quando estava prestes a bater na porta, Nancy ouviu a conversa lá dentro.

- Estes são os cabelos de Rita Costa e Amanda. Leve-os imediatamente para o teste e compare os resultados do DNA.

Então Lucas realmente estava procurando a mãe biológica de Amanda.

Sua mão segurando a pasta estava branca com a força.

A porta do escritório se abriu e Francisco saiu. Assim que viu Nancy parada na porta, ele parou, mas ainda a cumprimentou.

- Presidente Nancy, você está procurando o chefe?

- Ah, o design final do cartaz está pronto. Eu trouxe para ele dar uma olhada.

Francisco apenas assentiu ligeiramente:

- O chefe está lá dentro, Presidente Nancy. Tenho outros assuntos a tratar, então vou primeiro.

Nancy olhou para o envelope branco na mão de Francisco, curiosa:

- Sr. Francisco, o que é isso?

Ela estendeu a mão para pegar, mas Francisco habilmente desviou um passo, sorrindo levemente:

- Não é nada, Presidente Nancy. Com licença.

Dentro daquele envelope, deveriam estar os cabelos daquela mulher e de Amanda...

Nancy entrou no escritório e disse:

- Aqui está o design final. Dê uma olhada e, se não houver problemas, assine.

Lucas pegou os papéis, deu uma rápida olhada e pegou uma caneta preta para assinar seu nome de forma forte e desleixada.

Ela respirou fundo, incapaz de se conter e perguntou:

- Eu vi que Bruno e alguns outros têm estado ocupados desde cedo com entrevistas para encontrar sua 'Sra. Souza'. Você realmente pretende contratar uma esposa? Lucas, o casamento não é uma brincadeira...

Antes que ela pudesse terminar de falar, Lucas já havia levantado a cabeça:

- Cunhada, na empresa, por favor, chame-me de Presidente Souza.

Nancy estacou, o homem já tinha lhe entregue os documentos assinados. Ela o encarou de lábios vermelhos apertados e ficou em silêncio por alguns segundos antes de aceitar os documentos.

Quando chegou à porta, virou-se para olhar para ele, dizendo:

- Lucas, você realmente precisa me manter à distância? Já faz cinco anos desde que Raul se foi...

- No trabalho, você é minha subordinada. Em particular, você será sempre minha cunhada.

A voz fria e implacável extinguiu a última centelha de esperança em seu coração.

...

Rita saiu do Grupo Souza, comprou uma garrafa de água gelada e, depois de beber mais da metade, seu coração tumultuado se acalmou.

Maldição, se ela tivesse se jogado de cabeça antes, talvez já tivesse conseguido manter a mansão do seu pai.

Com os punhos cerrados, ela bateu fortemente na própria testa. Enquanto estava preocupada, o celular começou a tocar, a chamada era de Diana .

- Alô, Dianinha.

- Rita, como foi a entrevista? Seu talento conquistou os entrevistadores?

Ao mesmo tempo que parava um táxi, Rita respondeu desanimada:

- Não me fale sobre isso, provavelmente não vai dar certo com o Grupo Souza. Eu me candidatei a um emprego parcial na internet ontem à noite, estou indo lá agora.

- Então continue firme, tenho certeza de que será contratada pelo Grupo Souza! Eu acredito na sua capacidade!

Depois de desligar o telefone, Rita entrou no táxi.

- Motorista, para a creche anexa à escola de línguas estrangeiras.

...

Ao chegar à creche anexa à escola de línguas estrangeiras, Rita entrou no escritório.

- Olá, vim para a entrevista, liguei para vocês ontem.

- Ah, é você quem se candidatou para a vaga de professora de arte, certo?

- Isso.

O diretor deu uma olhada no currículo dela e sorriu:

- Srta. Rita, sua formação acadêmica e a universidade onde se graduou no exterior são excelentes, mas parece que você não tem experiência com crianças. Recentemente, uma criança nova se transferiu para a nossa turma infantil, ela sempre entra em conflito com as outras crianças. Você poderia resolver isso?

Rita rapidamente entendeu que esta era a questão da entrevista que o diretor lhe havia dado, sorriu levemente e respondeu:

- Não tem problema.

O diretor levou Rita ao pequeno playground de atividades do intervalo, apontou para uma menina sentada sob uma grande árvore à distância e disse:

- É aquela menina, ela acabou de se transferir do jardim de infância do escritório para a nossa turma infantil, seu nome é Amanda. Ela sempre tem problemas em se relacionar com as outras crianças da turma. Ontem, ela até brigou com algumas delas. A família dela tem uma posição influente, então os pais das outras crianças têm medo de repreendê-la quando ela intimida seus filhos. Mas como educadores, temos o dever de orientá-la.

Quando Rita chegou até Amanda, a menina estava com a boca cheia, olhando para ela com olhos grandes e arregalados:

- Quem é você?

- E quem é você? Por que está sentada aqui sozinha, em vez de brincar com as outras crianças? – perguntou Rita.

- Eu não quero te contar. - Amanda fez um biquinho.
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