"Amor, já cheguei. Pode descer."
Ao receber esta mensagem, Úrsula rapidamente arrumou sua mochila e correu para o andar térreo do escritório. Assim que saiu do prédio, viu o homem em pé ao lado do carro, esperando pacientemente por ela. Ela se aproximou dele e disse sorrindo:
- Não precisa ficar esperando do lado de fora, da próxima vez é só você ficar no carro. Está tão quente hoje, não é?
Abelardo abraçou Úrsula pela cintura e beijou sua testa, não resistindo a um momento de ternura com ela. Ele fitou o rosto dela, e ela falou, envergonhada:
- Estamos na porta da empresa, melhor entrar no carro.
Sensível à timidez dela, Abelardo não insistiu. Abriu a porta do carro para ela e a acompanhou até o banco do passageiro. Fechou a porta e circulou o veículo para entrar também.
Olhando para o homem bem-apessoado, Úrsula sentiu um breve instante de deslumbramento. Às vezes, ela imaginava que Abelardo era como os protagonistas de novelas: gentil, cavalheiro e extremamente carinhoso. "Como um