À noite, Jaqueline, precisando comer algo por causa do bebê, foi sozinha a um restaurante ocidental e pediu uma refeição, planejando voltar para o quarto depois de jantar e passar a noite lá. Ela pensou em inventar uma história no dia seguinte para contar à avó como ela e Roberto tinham se divertido.
De repente, ela viu uma figura familiar saindo do restaurante.
Ângela?
Com ela estavam um homem e uma mulher.
Os três conversavam, depois apertaram as mãos e saíram juntos.
Por que ela não estava com Roberto?
— Senhorita, desculpe te incomodar, você está sozinha? — O garçom perguntou, se aproximando.
Jaqueline voltou a si e respondeu:
— Sim, há algum problema?
— Há um senhor que gostaria de jantar, mas há outras pessoas na fila esperando por uma mesa. Está muito lotado, então me pediram para perguntar se você se importaria de compartilhar a mesa com ele. Se não quiser, tudo bem.
Jaqueline olhou para trás e viu um homem bem-vestido de terno, muito elegante e atraente.
— Não há problema.
Ela terminou de comer rapidamente.
— Certo. — O garçom foi até o homem.
Logo, George Cardoso se aproximou, parou ao lado de Jaqueline e sorriu ligeiramente.
— Senhorita, desculpe incomodar. Não fiz reserva com antecedência e por isso não há mesas disponíveis, mas eu realmente queria experimentar os pratos especiais deste restaurante.
Jaqueline respondeu educadamente:
— As mesas desse restaurante são difíceis de reservar. Hoje eu também tive sorte de encontrar uma desistência. Por favor, se sente.
George se sentou calmamente em frente a Jaqueline.
Ele notou que a mulher usava um vestido longo azul, com o cabelo preto preso e duas mechas levemente onduladas caindo pela face, muito encantadora.
Ela estava sorrindo, mas com um ar de preocupação.
Jaqueline estava um pouco desconfortável.
— Tem alguma coisa no meu rosto? — Ela perguntou.
— Desculpe. — George pediu desculpas. — É que você pareceu um pouco triste.
— Eu não estou triste.
Seu coração já estava partido, não havia mais espaço para tristeza.
— Desculpe, foi só impressão minha. — George não perguntou mais nada.
Não muito longe dali, um carro esporte parou na frente do restaurante.
Um homem saiu de uma farmácia nas proximidades, foi até o carro, abriu a porta e, quando estava prestes a entrar, de repente viu uma pessoa familiar sentada ao lado da janela de vidro do restaurante.
Não era a esposa do Roberto?
Quem era o homem que estava com ela?
Droga!
Benjamin Fagundes imediatamente pegou o celular e capturou aquela cena em uma foto e em um vídeo de cerca de dez segundos. Rapidamente, enviou para o celular de Roberto, junto com uma mensagem.
[Mano, olha só a situação! Sua esposa toda arrumada, saindo à noite para encontrar um cara bonito! Espera aí, eu vou resolver isso para você!]
Jaqueline perdeu o apetite, limpou a boca com um guardanapo.
— Terminei de comer, vou embora.
Quando Jaqueline estava prestes a sair, uma voz surgiu de repente:
— Ei, quem é essa? Achei que estava vendo coisas.
Ouvindo uma voz familiar, Jaqueline se virou, um pouco surpresa.
— Benjamin, é você?
— Estou atrapalhando vocês? — O olhar afiado de Benjamin caiu sobre o homem. — Quem é você? Sabe que ela tem marido?
George pareceu um pouco surpreso.
— Você é casada?
Jaqueline assentiu e explicou a Benjamin:
— Eu não conheço esse senhor, vim sozinha, só que o restaurante estava sem lugar, então compartilhamos a mesa. Eu já estava de saída.
Jaqueline não queria dizer mais nada e passou por Benjamin.
— Espera aí. — Benjamin avançou e a impediu.