— Jaqueline! — Roberto gritou entre os dentes cerrados, quase rugindo. — Você não ousa!
A imagem foi forte demais para ele. Não conseguia suportar aquilo.
— Quer ver se eu não ouso? Se você morrer, com certeza vou fazer isso. Vou garantir que nem morto você tenha paz, que no inferno você nem consiga fechar os olhos, e o pior: sem poder fazer nada! Quem mandou você mesmo buscar a morte? Vai culpar quem agora?
A voz de Jaqueline estava feroz, cheia de raiva.
— Você... — Roberto ergueu a mão com dificuldade, apontando para ela, tomado de indignação. — Você... Que coração cruel o seu, fazer isso comigo, como é que sua consciência permite?
— Permite sim. Você já vai estar morto, por que minha consciência não permitiria? Se não fosse assim, eu nem me casava com o George. Quando você estiver morto, ninguém mais para atrapalhar minha vida com ele. Vamos ter três filhos, formar uma banda e, todos os anos, cantar músicas de comemoração diante do seu túmulo.
Depois de alguns segundos, Jaqueline a