— Já é tão adulta e ainda tem medo de cócegas. — Murmurou Roberto baixinho. — Não é como se nunca tivéssemos nos tocado antes.
"Onde no corpo dela eu não toquei? Agora que estamos divorciados, ela não me permite tocá-la. Que mesquinhez."
Assim que teve esse pensamento, Roberto percebeu o ridículo de sua reflexão.
Eles estavam divorciados, era claro que ela não permitiria que ele a tocasse.
Na verdade, ele estava sendo mesquinho.
Se levantou da beira da cama, dizendo:
— Então vá se lavar. O café da manhã já está pronto na cozinha.
Ele já havia solicitado que preparassem tudo, caso ela acordasse com fome.
Jaqueline, sem dizer muito, desceu da cama e se dirigiu ao banheiro, ficando em frente ao espelho.
Ela se olhou fixamente, sua mente ainda turva, remoendo a cena do pesadelo.
Após se arrumar, saiu do banheiro e notou que Roberto já não estava mais lá.
Jaqueline pegou o celular e enviou uma mensagem para George: [Você já tomou café da manhã?]
Na verdade, ela queria saber se ele estava be