A brisa noturna soprava, trazendo consigo um calor abafado, e a intensidade do clima quente era notável.
No jardim central do hospital, Joaquim estava sentado em um banco, fumando silenciosamente. Quando o cigarro terminou e ele se preparou para pegar outro da carteira, descobriu que ela estava vazia, enquanto o cinzeiro acima da lixeira ao lado já estava cheio de bitucas.
Joaquim, irritado, passou a mão pelos cabelos. Nesse momento, um cigarro foi estendido diante dele. Ao ver Felipe, ele imediatamente se levantou, gesticulando:
- Sr. Felipe.
Então, Joaquim aceitou o cigarro oferecido e acenou com a cabeça.
- Você tem algo a dizer. - Felipe, parado ao seu lado, falou com uma certeza absoluta.
Joaquim parou de fumar, meio surpreso. Sabendo que Felipe não dominava a linguagem de sinais, tirou o celular do bolso e digitou no bloco de notas: “Sr. Felipe, por que essa pergunta tão repentina?”
- Você sabe muito bem. - Felipe respondeu friamente, com os lábios finos se entreabrindo.
Joaquim,