- Cadê a comida?
- Esperando.
Felipe estendeu a mão e acariciou a cabeça dela, bagunçando levemente seu cabelo, com um sorriso indulgente.
Depois, se virou e caminhou em direção à cozinha.
Quando ele voltou, estava segurando uma tigela de arroz, acompanhada de pratos laterais.
- Cuidado, está quente.
Ao colocar a tigela na frente dela, Gisele notou os dedos dele, vermelhos e inchados.
- O que aconteceu com sua mão?
- Primeira vez fazendo mingau, acabei me queimando. - Ele falou de maneira despretensiosa.
De fato, para alguém de sua riqueza e status, cozinhar não era uma necessidade.
- Você passou algum remédio? - Ela perguntou, de forma um tanto áspera, soando quase indiferente.
Ele deu uma risada leve:
- É um ferimento pequeno, não precisa de remédio.
Gisele, segurando a tigela, hesitou por um momento, mas não disse mais nada. Baixou a cabeça, soprou o arroz na tigela e começou a comer, uma colherada de cada vez.
Se fosse antes, ela teria se emocionado.
Mas agora, as coisas mudaram. N