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Saímos do hospital, e como prometido, o escritor Oliver me levou até a sua casa para pegar o meu carro. Mais uma vez o trajeto foi silencioso, o que me deixou um tanto desconfortável, mas não fiz nada para mudar isso, apenas me mantive quieta até aquela quietude estranha chegar ao meu limite.
— Meu pai pediu para lhe agradecer por hoje — falei quando já estávamos chegando. — Ele gostou do senhor.
— Ele é adorável — respondeu sem tirar os olhos da estrada.
— Ele é sim — sorri bobo porque meu pai é realmente um homem incrível. — Meu pai é minha maior inspiração. Ele sempre me encorajou a correr atrás dos meus objetivos e foi o primeiro a acreditar em mim — falei, mesmo que ele não tenha me perguntado.
— Você tem sorte — ele me olhou quando parou em frente ao portão da sua casa esperando que abrisse.
— É, eu tenho — o encarei de volta.
— Desculpe se eu for indelicado — disse cuidadoso. — Mas posso perguntar o que sua mãe tem?
— Bronquite crônica — respondi, eu não me importava em lhe