Miguel lança um olhar para a cama, observando a loba branca adormecida sobre os lençóis emaranhados, que ela mesma transformou em um ninho improvisado após sua loba assumir o controle dos instintos.
A respiração de Sasha é calma e serena, seus flancos subindo e descendo suavemente, enquanto o calor do corpo dela ainda emana na escuridão da toca. Ele sente um aperto no peito ao contemplá-la; vê-la em sua forma lupina, tranquila e segura e vulnerável, desperta algo profundo em seu interior, um desejo de proteção ainda mais feroz, o que o faz não querer sair de perto dela, mas o deve o chama, e ele não pode deixar para depois.
Miguel volta à sua forma humana, seus músculos se ajustando ao corpo menor, movendo-se em silêncio pelo quarto. Ele veste uma calça de forma apressada em completo silencio, para que sua fêmea continue descansando, e com um último olhar para ela, como se precisasse gravar aquela imagem em sua mente só por mais um segundo, ele caminha até a saída da toca.
Pela janela