Ponto de Vista: Elora
O mundo à nossa volta parecia ter sumido. Só existia ele.
Darian me puxou pela cintura, com uma firmeza calculada, seus olhos cinzentos faiscando sob a luz pálida das tochas. Sua respiração era um sopro quente contra minha pele, carregada de um desejo que ele já não se esforçava para esconder.
Sem dizer nada, ele me ergueu no colo, como se eu não pesasse mais que uma pena, e começou a caminhar pela fortaleza. Os guardas desviavam os olhos, tensos, como se sentissem o ar se contorcer ao nosso redor — carregado demais, proibido demais.
Eu enterrei o rosto em seu pescoço, sentindo o cheiro de terra molhada, fumaça e algo selvagem. Algo só dele. Meu coração batia acelerado, não de medo… mas da entrega que se aproximava.
Ao chegarmos aos corredores dos aposentos reais, Darian empurrou a porta do quarto com o ombro, sem nunca me soltar. O quarto era feito de pedra escura, peles grossas cobrindo o chão, e um fogo ardia baixo na lareira.
Ele me colocou de pé no centro, m