Acordei cedo, ainda perdida na noite que passamos juntos.
Ao meu lado, Isaías ainda dormia, e, por um instante, só observei a serenidade no seu rosto, um contraste cruel com a maneira com que ele me tratou dias atrás.
Mas aquele não era o momento de romantizar o que havia entre nós.
Não dava para deixar situações mal resolvidas apenas passar, eu não sou assim e não será agora que começarei a ser.
Era hora de sermos francos.
Quando ele finalmente abriu os olhos e nossos olhares se encontraram, soube que ele sentia o mesmo peso.
Nos vestimos em silêncio, e não demorou até que ele, hesitante, dissesse:
– Precisamos conversar, Alby.
Olhei para ele certa que precisávamos colocar na mesa tudo o que havia acontecido.
– Precisamos – concordei, sentindo meu peito se apertar.
Sentamos na beira da cama, e por um momento o silêncio foi nosso maior diálogo.
Mas eu não podia esperar que ele tomasse a iniciativa.
Passei os dedos pelo cabelo e tomei fôlego.
– Isaías, eu… eu não sei o que você