— Alby, que surpresa encontrar você aqui — começou ela, com a voz melodiosa, carregada de ironia.
— Fiquei sabendo que você esteve bastante ocupada ultimamente… Uma emergência com a filha de uma “amiga”, hospital, Isaías. Você realmente não sabe quando desistir, não é?
— E você, Fernanda — retruquei, cruzando os braços e mantendo minha postura firme — parece estar sempre no lugar errado, na hora errada.
Ela riu, inclinando a cabeça como se estivesse analisando uma criança que não entende as regras do jogo.
— Não, querida. Estou exatamente onde deveria estar. Diferente de você, que insiste em se colocar onde não é bem-vinda. Isaías é meu, Alby. Você já teve sua chance e perdeu. Ele está comigo agora, feliz e finalmente seguindo em frente.
A força das palavras dela era uma faca de dois gumes.
Parte de mim sentia vontade de rebater com a mesma intensidade, mas a outra parte sabia que não valia a pena.
— E você está aqui para me dizer isso, por quê, Fernanda? Precisa de valida